Pelos caminhos que andei contando
o tempo,
Sem ao menos tê-lo sentí-lo,
Passo agora como expectadora.
As imagens escorregadias,
Furta-me em nitidez.
Soltam e cavalga embrenhando-se.
Não deverei tocá-las!
Não são mais, minhas.
Fartura em abraço entediantes.
Frios afagos.
Lábios vermelhos sem o mel.
Gosto amargo; perdão com gosto de fel.
Amontoados ferros retorcidos.
"A dor que deverás sente", penso.
Caminhos que andei.
Imagens que não são mais, minhas.
Ficaram as canções.
VeraLynPoeta