Dona Jô - A borboleta morreu

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Adormeci vendo borboletas a voarem pelo meu quarto.
Não tive forças para sabê-las ao certo, e assim aprisioná-las por breve luta corporal..  
Fora de cogitação está o contrair de músculos dos ouvidos. Pude ver duas delas num pisco de olhar.
Sobrevoos sobre meu corpo cansado e entregue sem reação. Algo, como morrer...
Já vi gente morrendo, algumas vezes, desde a infância. Em alguns casos a pessoa estende uma mão
como quem pede uma certa segurança para poder ir de vez. Hora essa que a ponta das unhas já estão roxas. Seguido pelo vagaroso esfriamento da pele, ao cinza murcho tomando conta do olhar.

Foi assim com a senhora dona Joana. Uma senhorinha que vendia perfumes, e que o destino, por acaso, cruzou nossos caminhos.
Me afirmara pela manhã, após dias em que me vi 'escolhida' para ajudá-la em sua breve travessia, vindo a me indagar:
"Estou morrendo, não é?" - lhe respondi, automática: "Sim, dona Jô, chegou a hora." - razão pela qual, me chamou em atenção, sua cuidadora. 
Dona Jô, havia me dito em off, que aquela mulher lhe judiara.

Bem, nesse seu último dia de vida, em sofrimento pelo irredutível câncer, fiz tudo que ela sonhará ter feito,
quando ainda em forma: deitei-a, sobre a cama de seu irmão Antônio. Italiano rústico, e encrenqueiro, pelo qual, dona Jô devota-se em emoção.

Logo mais, levei-a ver e tomar o último sol pelo seu definhado corpo. Enfim, as 23 horas e 05 minutos daquele dia pela noite, ela vazou daqui segurando minha mão. Alívio...para nós duas. Ela, pelo sofrimento horrível. Eu, por querer encarar a morte, que um dia me desafiou, jogando-me à escuridão por não suportar o desencarnar de meus gêmeos filhos.

Voltando as borboletas, uma delas, a de asas brancas acinzentadas em voo rasante, atropelou minha orelha.
Única parte do meu corpo descoberta! Deveria tê-la recebido em poesia, mas senti pavor. Alta noite, e cansaço. Olhos vesgos, e já sem visão nenhuma. Cabeça, nada em pensamento....arrulho, e são borboletas!

Em meio a essa guerra de asas, adormeci grudada no meu gatinho, Tim! Em lógica, essa reação de procurar ajuda em meu indefeso gatinho, é que gatos também, além de ratos, baratas e lagartixas, caçam borboletas e pássaros voadores. Se tiver ao alcance, no caso de voadores, eles matam e comem.

Hoje pela manhã, fiz as pazes com borboletas, que aqui sobrevoam a encantar minha doce loucura.

Vera Lyn Poeta

Cry Baby - Janis Joplin

"..Eu sei que ela lhe disse

Querido, eu sei que ela lhe disse que o amava

Muito mais do que eu amei

Mas tudo o que eu sei é que ela lhe abandonou

E você jura que você simplesmente não sabe o porquê

Mas você sabe, querido, sempre

E sempre estarei por perto se você me quiser

Venha e chore, chore querido, chore querido, chore querido

Oh amor, bem-vindo de volta ao lar..."

<Janis Joplin> in - Cry Baby 

by: Vera Lyn Poeta

Certa vez, um gato xadrez!

Não vou fingir que está tudo bem, é que minha poesia possa relaxar o mundo.
Sinto muito, quando desaponto. Sinto, mas não levo a sério.
Muitas pessoas que estão a nossa volta, estarão para reagirem em contexto.
Sabemos, suas idéias frouxas. Então, se alimentarão do que pensam, vê, e agem contrários.

Seja por isso, a fenomenal frase: Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. ” - Antoine-Laurent Lavoisier, quem disse isso.

Na minha cabeça, vejo que é preciso muita humildade, em proposta sabedoria, ao combate.

Varrendo o lixo da leiguice

Fascismo, num país em terceiro mundo, onde EDUCADORES tem que sair as ruas e avenidas, implorando o direito em educar. Realmente, é o fator decisivo em gerador de maus elementos, e procriadores da ignorância em hipocrisias.

Atentar-se em leituras, pelos comentários em postagens que causem comoção pública, sejam positivas ou negativas, é acordar para uma realidade que pode explodir a qualquer instante, contrária a proposta de paz. Pior, reagem em fúria, sobre causas desconhecidas.
Talvez, seja melhor mesmo, que levantem os tapetes.


Vera Lyn Poeta

Quando resolvi assumir, e por muita necessidade íntima, ser o que realmente sou em real essência. Comecei agindo em ação, do umbigo para cima.

Difícil, harmonizar essas duas estradas, que se opõe entre si mesmas.
Existe portanto, algum vazio. Mas que se faz menos e desnecessário, diante dessa vida, que acorda pedindo atitude.

Vera Lyn Poeta

Com o tempo, a através de muito refletir/discernir. A gente descobre o que as pessoas estão tentando.
Muitos, irão mudar constantemente seus rumos ao vento. Tentativas vãs, em opor-se contra mares jamais navegados dantes.
Muitas vezes, tentando livrar-se das tempestades ocasionais, esquecemos das pedras que estão no caminho.
O conhecimento, à fundoooooooooooo ......é preciso.


Vera Lyn Poeta

Um por um, até que a dor se finde!

Um por um;
Onde cada um, com sua cota já redigida, compreendida e fazendo valer - deverá retirar-se em silêncio.

Peças brancas do xadrez, que exercem maior pressão psicológica  sobre o jogo, terão que lutar pelo empate; onde o xeque-mate, será apenas uma redenção para recomeços libertos. Assim, de forma que que a vida concebida, com ou sem pecado, continue por seus direito.

Rei, é toda consciência. Não há vencedores unânimes, porque de um lado a ciência considera a morte como o fim da consciência. Sendo que do outro, crenças vê vida após a morte.

Um por um; 

Reis, Damas, Bispos, Torres, Cavalos e Peão, que se retirem em silêncio. Um por um, enfileirados, e vencidos por seus próprios cansaços. O outro dia a Deus pertence; ao amanhã se luz houver,  por teus olhos - meus, enfim.

 Toda promessa foi essa. Chega agora, ao seu esperado e gran finali.

Vera Lyn Poeta

Diarréia emocional...

Levanta-te e vai! É a voz em ordem, que ouço por todos os milésimos de segundo.
Não se condene à aprovações que irão aprisionar sua liberdade em essência.
Levanta-te e reaja! Porque existe duas razões, ao meu ver, que neutraliza todo o desenvolvimento; encaixe sob o sol:
Uma, é a condenação em achatamento cerebral, por aqueles que sentem medo de você surgir, e assim, desempossá-los - um complexo de Édipo, talvez.

O outro, é essa dor de barriga, cuja sinto; mas em processo de cura - quando deve-se tomar estupendas e magnificas decisões, em prol de si mesmo. Relevante situação da "diarréia" emocional - mas...somente por um tempo. Depois torna-se-á crônica surgindo assim, a grande necessidade do uso de muletas.

Todo refletir, é uma obra de arte que Deus criou, mandou alto pro Universo, 'acolher'.


Vera Lyn Poeta

Meu pseudo nome

Ela trazia em seu rosto olhares pensantes. Imperceptíveis devido seus destrambelhados risos e gracinhas fora de hora.
Jamais, 'esteve' em certos lugares que esteve..."Vamos 'apertar' campainhas e surrupiar leites e pães em portões ? - Naquela fala, a única maldade seria uma ferrenha tentativa em obter o máximo controle sobre a inquieta mente.

Pela vida a fora, foi bem sozinha. Pois carregou como cruz uma vida abarrotada do que é invisível aos olhos. "Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador...."

Sentada, absorta em olhares fixos, ouvia sua mente lhe ditando sugestões positivas:

"Esqueça aquelas doloridas últimas palavras ouvidas. Coração ferido? apague todas as frases sentidas.
É o teu coração vivo quem implora. Dê um Up!
O que é a vida senão o renascimento? Perdão: perdoa-te pelas tuas fraquezas. Não condene nada nem ninguém. Toda ação impensada torna-se um precipício imposto;
auto flagelo, e antecipada morte em vida".  (Minha mente sempre fala comigo.)

Assim, num levantar de olhos, ela pode observar que os balanços do parque na praça, não se moviam solitários, ruidosos, em revelia. A brisa envolvente aquietou-se toda ventania.
 
Fazer o que tem que ser feito, e mandar toda conta à sua médica e protetora. Melhor ainda, é que outros em interesses desinteressados, atentem ao verídico e confidencial diagnóstico. Lógico, em caso de frustração alheia à realidade íntima, sigam as profundezas dos infernos.

Nem tudo aquilo que nos traz angustias, é visível a olhos nu, ou de ordem coletiva. Portanto, desvincular é preciso para que não se altere o quadro da saúde mental.

Superação...não é só uma palavra. Faz todo o sentido quando atribuídas aos seus mágicos e divinos sentidos.

Sigo limpando o corpo por dentro. A alma por dentro. O espírito por dentro.
Não pretendo ser alguém aqui fora, jamais.

Vera Lyn poeta