Vera Lyn Poeta

A arte é Divina, é a salvação. A arte nos poe mais perto de Deus. v.l.p

sexta-feira, julho 13, 2012

Sentimentalidades

 
Já escrevi poemas, ficando ali, lendo e relendo, e estremecendo.
Sentindo pelas úmidas e tremidas linhas, minha própria dor. Imutável sentimento que vem da alma.
A alma dirigindo cada palavra sobre linhas; porque são suas toda
sentimentalidade.
Compreendo agora, toda essa situação.
Vem, da composição humana traduzida pelo Criador.
Seremos, então, seu condutor.

Vera Lyn Poeta
 

Melancolia

Saímos, do círculo!
Rejeitamos o café, e todas as flores mortas.
Dispensamos, toda companhia que se faziam.
Atentamos ao sol, ainda escorrido de neblina!

Vera Lyn Poeta

segunda-feira, julho 09, 2012

Caio Fernando Abreu




"Me dei mal, meu bem, ninguém escapa. Mas o bom disso tudo é que agora consigo abrir meu coração sem rodeios. Sim, amei sem limites. Dei meu coração de bandeja. Sonhei com casinhas, jardins e filhos lindos correndo atrás de mim. Mas tudo está bem agora, eu digo: agora. Houve uma mudança de planos e eu me sinto incrivelmente leve e feliz. Descobri tantas coisas. Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor. Que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto. Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios.
E a vida lá fora, me chama."
 
*Caio Fernando Abreu*
-escritor Brasileiro-
 

Seco, passado

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Precisei desfazer o passado. Corrompê-lo sem nostalgias ou apelos..
Apelei?
Melhor:  "massacrá-lo-ei,  afogá-lo até perder o sentido!"
Sentidos?
Lótus, minha retaguarda de ocêano montanhoso...
Precipício?
Preencho minha vida em preguiças, cansaços, desmazelos.
Há, suspiros noturnos; sonora solidão,
Alcance de vertiginosos mundos...
Erupto, vulcão? 
Matei, o passado. De qualquer forma, eu o sufoquei!
Isso, sim, fêz todo sentido...
...abrindo-se, um novo vázio.
 


adeus, amor de dor!

Noutro tempo, já não havia mais àquele amor de dor.
Você, desapareceu do meu corpo, do meu pensamento,
e do meu bem querer.
O teu cheiro, deveras tão vivo, perdeu-se ao odor.
Deixou minha vida, evaporou-se na multidão!
Tanto sofrimento! Tantos sonhos vãos!
Tantas esperas doloridas, lágrimas incontídas...
É, bem sei,
Estratégias dum possível destino que me queria triunfante!
...e, assim, você morreu.

Vera Lyn Poeta