Vera Lyn Poeta

A arte é Divina, é a salvação. A arte nos poe mais perto de Deus. v.l.p

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Vamos andando.....


Vamos andando,
de portos  a penhascos,
Buscando luares,
em  céus de espaços,
esparços...
espectras formas,
dissolúveis em nuvens,
esparsas....

Vamos andando,
calmos; em fúrias...
Lentos; apressados,
como se a noite
não pudesse brotar ao dia que encharca de sol;
tremido, atrevido....

Vamos andando desprovidos;
prevenidos
prá futuras alegrias,
Roubando a flor,
colhendo a flor,
e enfeitando a tez sonhadora,
da nova canção!

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Corra, corra, corra!


Corra, corra, corra antes que o verdadeiro amor te alcançe!
Corra, corra antes que todo aquele,
recital de amor infinito te lançe,
Ao mesmo amor por ti rompido!
Corra, corra antes que teu desejo,
ao meu desejo se lançe!
Corra às redeas e as guias!
Pobre d'outro amor, que ao meu amor,
te guia.......Que a ti consola em teus dias.....Pobre ponte!
Ao teu coração de solidão,
preserva nossos intimos segredos.
Aos teus olhos, me busca na imensidão!
Estou na lua linda que a ti encanta!
Estou na musica, que ao teu ouvido dança!
Estou em ti. Por tua alma,
por teu corpo de reprimidos desejos,
Estou em ti!
Eu sou teus passos.
Sou teus abraços.
Sou teu caminho; a rua do teu destino!
Sou teu secreto e malicioso desejo.....Sou voce em mim!
Corra, corra antes que o mesmo amor,
que prenunciates em mim,
em labaredas, te alcançe!
E a mesma chama,
desse mesmo amor, te lançe!
Nenhum amor me dói em despedidas,
Nem em dúvidas ou idas.
Ao amor recitarei enquanto emoção houver......
Queimarei a última chama,
Aprendi a viver e morrer de amor,
pra renascer no mesmo amor.........
Arderei à ultima chama,
Até que outro amor me arda, me consuma e,
me chama!
Chama!

domingo, janeiro 10, 2010

Desesperança



Arrebatou e matou os sonhos.
Bloqueou a Esperança.
Ateou fogo as lembranças;
Lavou-se com espinhos........

Apagou o sol e ofuscou a lua.
Impeliu o ceu à terra;
E a terra, desfez todas as estradas
e caminhos...........
Arrebatou do coração com violência,
todo Amor que padecia;
Lavou-se com espinhos!

Olhou no espelho,
Viu um rosto pálido e arrependido,
Pensou na morte e no tempo perdido;
Lavou-se com espinhos!

Matou os sonhos,
Matou a Esperança,
Matou as lembranças,
Chorou nos silencios....

Agora, chora também a poesia....
O poeta encolhe e a solidão
se recolhe.
No paraiso desprendido,
Em que Afrodite desperta Adonis;
as ânforas.........
esvaziadas;
secas da fonte,
que alimentou no coração de desejos,
no dia da juventude!
Desesperança,
desespero lança,
solidão alcança,
um riso que havia no novo dia.....
solidão espanta!

quarta-feira, janeiro 06, 2010

Guarda-me, Amor!


Não me mate agora que estou nua.
No instante que desarmo a espada que me prendia...
Se triste sondo-me em alguns dias
É que encanta-me essa doce melancolia.

Viagens de luas que despertam canções
Sonoros ruídos pausados no sol de abrigo
Tristes temporais que me alcançam e lançam,
Subtraindo-me o peso das manhãs de solidão.

Pause-me no acorde do teu violão
Até que se faça canção
O poema que lhe componho.

Ahh..boemia!
Noites longas, ruas largas, infinitas avenidas.
Tudo são relâmpagos de breves alegrias
Debruço em teu peito de cheiro, laço e abraço;
Encontro em ti, minha vida.

Vera Lyn Poeta