Vera Lyn Poeta

A arte é Divina, é a salvação. A arte nos poe mais perto de Deus. v.l.p

sábado, novembro 28, 2009

Um Toque.......



Liberdade Oh Liberdade!
Livre,  aqui dentro;
Livre!
Como as mãos de Deus,
Livre!
Reconstituindo em caquinhos,
o mundo!
Recolorindo em primaveras,
O caminhar...........!
Livre,
Aqui fora,
Livre!
Com as mãos soltas a tocar a fronte,
acariciando a pele,
sentindo os pensamentos;
Livres!
Apalpando os olhos fechado,
Vendo o mundo imenso;
imenso colorido!
Livre!
Mornando os dedos às narinas,
identificando e contornando,
os lábios beijados; vivos.....
Tão vivos à molhar......
Constatação da Mulher e Poeta,
Na alma de menina à sonhar;
no espirito de menino, à correr e pular....
...pelos bosques.........pela vida.......dentro
à campinais!!
Livre! Livre!
Oh liberdade,oh!

quinta-feira, novembro 26, 2009

Por todas as Primaveras; O Amor!

Anunciei um dezembro de folhas e flores,
íncito à primavera, ao seu pousar.
Afrouxei o cinto de minha natureza rude;
inexorável natureza,
Pús-me à cantar!
Eis meu canto em ti!
Longa espera sem fim!
E os poemas enlouqueceram todos,
trajando à rigor, espalhando velas amarelas em castiçais
sobre a casa,
as mesas,
Ouvindo sons de taças tirintar.....
Celebração digna do amor na primavera!
Posso sentir seus desejos loucos;
Louco de mim,
ateando o  fogo ao meu desejo mormo;
onde o morno habitante,
desocupa meu corpo, por fim.
Envaideço! Orgulho-me ao novo sentimento,
E tudo vem de ti;
Escancarado de ti!
Minha boca procura a tua boca,
nos beijos soltos em brisas,
que a corrente de ar os trás.......
Há abraços e laços em ternuras,
Afagos e palavras doces no balbuciar.
Sí nos perdemos na pressa de nos encontrar,
Sí não sabemos que direção tomar,
Trago-te uma rosa em botão.
Guarde-a próxima ao teu coração.
Deixe que eu exista, mesmo que em contra-mão,
da sua realidade oprimida;
em que seus desejos me ressucita,
Me devolvendo a essência verdadeira,
que é amar e do amor viver,
por toda minha vida!
Vejo formas em voce!Sinto à vida!

sábado, novembro 21, 2009

Coração Desperto!

Hoje acordei com o coração desperto,
a alma leve,
os olhos límpidos.
Acordei abraçada a desejos livres.
Sem perguntas à fazer ou questionar.
Sem respostas a entender ou a dar.
Acordei e beijei a primavera!
Deslanchei meus pés desnudos sobrê as
folhas esparramadas da Oiti......
As flores perfumadas do Jasmim!
É minha alma se esbaldando à brisa que plantei.
É meu espiríto recitando na arte do viver.
Então, Bono, a mim e a primavera se alia,
Em bom som, recita ONE.......
Voz melódica de Poeta;
que cola nas paredes, escorre pelo chão,
ecoa pelas portas e janelas;
saem pelo portão!
Venha novo dia; ata-me à ti.
Pois as tempestades não irão tardar;
assim que meus pensamentos à despertar,
As revoluções que há em mim, irão se aflorar,
Então sairei da trivialidade e mistérios,
tentarei alcançar!
Venha novo dia; ata-me a ti!

quinta-feira, novembro 19, 2009

A difícil missão de chegar em sí mesmo - Parte III

Ningém me ensinou sobre a solidão.
Já nasci assim, trágicamente solitária!
Atada a uma tristeza infantil; enfantizada à olho-nú!
E passei todos os anos de minha existência, tentando
reciclá-la encima de felicidades
corriqueiras;
breves como o tempo!
Minhas ações são velozes e objetivas,
Práticas e destemidas. Já reconhecidas por muitas
comunidades, que se dirigem a mim,em aplausos.
Me colocando em patamares de guerreira absoluta,
Forte; pedra bruta!
Então me tiram o direito de enfraquecer, fracassar;
perder!
Me roubam às lágrimas e ao sofrimento; tão humano
à criação.
Isso, hoje me cai como uma devassadora bomba à
explosão! É pressão....é pressão.....
Como uma invasão; como se molestassem o meu
direito ao estado individual do meu espírito!
Digo que minhas ações, apenas seguiram aos dogmas
e à educação. Atitudes que se desenvolveram porque
TUDO estava no caminho,
carecendo de solução!
Estive envolvida em situações mirabolantes (minhas e de
outrem), passíveis de abandonos e fins.....Mas de  repente,
eis a luz, o caminho, o recomeço.......
E eu saindo dalí acabada, estressada, minguada...............
Indo me  refazer dentro do meu silêncio; da minha própria
solidão!  E me refazendo!
Porque tudo se fêz pouco, muito pouco diante de minha vera-
dadeira procura!
Essa trajetória me coloca como àquela criança, que faz seu
dever de casa, no relampâgo, prá correr à praça; brincar....
Devo ter sido minha própria esperança, dentro de expectativas
retraídas, e que se fizeram sonhos, por fim;
Sido meu próprio afeto, quando de abandonos em mim;
Meu próprio amor na fidelidade exigida......;
Minha Mãe e meu Pai nas entranhas da vida.
Eis-me, aos poucos, adentrando as portas do meu mundo....
dentro de mim.......
com as mãos um pouco trêmulas, mas cheia de ternura prá
chegando e tocando minha alma, o que há dentro de mim!
Intensa caminhada!

segunda-feira, novembro 16, 2009

A difícil missão de chegar em sí mesmo parte - 1.

         

O Poeta entrou em cena chorando,
enseguida entrou a Águia,
feroz e arrebatadora!
Soltou suas asas à deriva,
em fortes batidas,
Usou as garras e o forte bico.
Pos, de pé o Poeta!
Em três giros pausados, de cabeça,
e olhos fixos; muito fixos,
deixou claro seu recado!
É a vida imitando a arte.
É a Velha Águia salvando o Poeta
que há em ti. 

quinta-feira, novembro 05, 2009

Fidelidade

Quando li Cecilia Meirelles, pela primeira vez, pus-me à entender, uma estrofe,
dúm de seus maiores poemas, que diz:
__"Eu canto porque o instante existe,
     E minha vida não esta completa,
     Não sou alegre nem triste,
     Sou poeta!"
E eu que já escrevia versos! Que me encontrava rodeada por sonhos e silêncios!
Era essa minha estação!
Mas o que extrair d'uma criança, sequenciada por um hiperativismo latente, que
naquel tempo, não era esse o nome; isso não era disturbio e resolvia-se na "peia",
lógico, os óbvios momentos de surtos!?
Mas, apenas travessuras de uma menina raquítica e veloz! Ditadora em seus pro
pósitos infantís, que, quando da aparição, alguns "batiam" em fuga!
Os que permaneciam, era porque precisava correr riscos! Adentrar nas mais lou
cas viagens em peraltices, que aos poucos se tornavam aventuras! E a gente ria,
ria.....ria muito!!
Idos; apenas idos!
Então, fui entendendo que poderia rir e chorar;
Que minha vida; minha existência não precisava ser definida em começos, meios e
fins!
E que nada, nem o estalo da tristeza ou a ansiêdade que provoca à espera em alegrias;
iriam me corromper; extrair-me à vida!
Hoje, torna-se claro que a "Mulher de Ferro"; resolvida; apta à exterminar questões de
uma comunidade inteira, era apenas a escudeira e fiel depositária, na  intensa e árdua
luta, prá resguardar e proteger seus sonhos! Somente, seus sonhos!
                 ESSAS SÃO MINHAS MÃOS! Se num dia faz a guerra, noutro, escreve
de amor uma canção!
Alçei-me ao destino. Porque tudo vai ficando pra trás e o novo torna-se velho num
segundo; sem prévia, no descaso.
O que à principio não entendemos e que se resguarda  a que viemos..  porque viemos..
para onde vamos?....Já existe em alívios, nas poucas, mas consistentes resposta!
Outro dia, fui abordada por uma velha amiga, e ela disse:
__Vera, que saudades de nossa infância!! Cara, se não fosse voce, não teríamos tido
infância!
Achei exagero, mas, meu coração se abriu em leque; como as asas d'uma borboleta
colorida, e sorriu!  Essa é minha real responsabilidade com a vida. São esses, os  re
sultados que me engrandece: Simples; humildes, mas com cheiro de terra; com vozes
nítidas e claras da vida; porque há vida!
Hoje me divirto, ouvindo o barulho dos meus próprios passos, pelos comodos da casa,
pelas ruas....
Bem melhor que quando, haviam dois travesseiros ou mais. E enquanto uns dormiam,
outro chorava a solidão vázia.....
Esse outro......meu eu, querendo voar, sumir...
Encontrar-me em lampejos,
nas etnias,
nos braços à solavancos do amor,
nas teias,
pelas paredes do mundo; de olhos em frestas....
tocando e sentindo tudo; e guardando dentro de mim,
prá poder escorrer por minhas mãos,
na incansável tarefa de fazer
esvair o melhor da vida,
do canto que é o amor,
em sua melhor forma,
em sua plenitude!!!

terça-feira, novembro 03, 2009

Teu amor

As vezes, não entendo,
se é alegria ou agônia,
que o teu amor,
me faz sentir; não sei!
Já não sei.....