As vezes, estou à volta, com pessoas que,
aparente, deixaram de viver.
Mínimas palavras soam em amarguras.
Olhares fixos, perdidos; em xeque.
Movimentos lentos, mecanizados.
Suspiros profundos que expelem o que não será
o que não será dito nem descrito.
Finalizam-se assim, no repente.
Tão longe seus olhares; acima da compreensão.
De vez em quando, uma fala desconexa.
Preciso respeitar seus momentos.
Atravesso suas almas. Acordo seus lado esquerdo,
Já, subindo o degráu da razão:
_É a métrica da vida, digo. A vida em versos, recito.
Precisamos encontrá-la em nós mesmos.
Talvez, um remir na lucidez muda.
Melhor assim.
Puro mérito lançar-nos à paciência.
Banhem-se demoradamente!
Alimentem-se e durmam bem.
Nada como o outro dia!
Segurem no ombro, os primeiros raios de sol.
Isso já é luz! Energia cósmica, grito!
Desacelerem.
Nada como um arquear por uma causa tão justa:
A vida!
VeraLynPoeta.