Vera Lyn Poeta

A arte é Divina, é a salvação. A arte nos poe mais perto de Deus. v.l.p

quinta-feira, junho 06, 2013


Dona Jô - A borboleta morreu

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Adormeci vendo borboletas a voarem pelo meu quarto.
Não tive forças para sabê-las ao certo, e assim aprisioná-las por breve luta corporal..  
Fora de cogitação está o contrair de músculos dos ouvidos. Pude ver duas delas num pisco de olhar.
Sobrevoos sobre meu corpo cansado e entregue sem reação. Algo, como morrer...
Já vi gente morrendo, algumas vezes, desde a infância. Em alguns casos a pessoa estende uma mão
como quem pede uma certa segurança para poder ir de vez. Hora essa que a ponta das unhas já estão roxas. Seguido pelo vagaroso esfriamento da pele, ao cinza murcho tomando conta do olhar.

Foi assim com a senhora dona Joana. Uma senhorinha que vendia perfumes, e que o destino, por acaso, cruzou nossos caminhos.
Me afirmara pela manhã, após dias em que me vi 'escolhida' para ajudá-la em sua breve travessia, vindo a me indagar:
"Estou morrendo, não é?" - lhe respondi, automática: "Sim, dona Jô, chegou a hora." - razão pela qual, me chamou em atenção, sua cuidadora. 
Dona Jô, havia me dito em off, que aquela mulher lhe judiara.

Bem, nesse seu último dia de vida, em sofrimento pelo irredutível câncer, fiz tudo que ela sonhará ter feito,
quando ainda em forma: deitei-a, sobre a cama de seu irmão Antônio. Italiano rústico, e encrenqueiro, pelo qual, dona Jô devota-se em emoção.

Logo mais, levei-a ver e tomar o último sol pelo seu definhado corpo. Enfim, as 23 horas e 05 minutos daquele dia pela noite, ela vazou daqui segurando minha mão. Alívio...para nós duas. Ela, pelo sofrimento horrível. Eu, por querer encarar a morte, que um dia me desafiou, jogando-me à escuridão por não suportar o desencarnar de meus gêmeos filhos.

Voltando as borboletas, uma delas, a de asas brancas acinzentadas em voo rasante, atropelou minha orelha.
Única parte do meu corpo descoberta! Deveria tê-la recebido em poesia, mas senti pavor. Alta noite, e cansaço. Olhos vesgos, e já sem visão nenhuma. Cabeça, nada em pensamento....arrulho, e são borboletas!

Em meio a essa guerra de asas, adormeci grudada no meu gatinho, Tim! Em lógica, essa reação de procurar ajuda em meu indefeso gatinho, é que gatos também, além de ratos, baratas e lagartixas, caçam borboletas e pássaros voadores. Se tiver ao alcance, no caso de voadores, eles matam e comem.

Hoje pela manhã, fiz as pazes com borboletas, que aqui sobrevoam a encantar minha doce loucura.

Vera Lyn Poeta


Cry Baby - Janis Joplin


"..Eu sei que ela lhe disse
Querido, eu sei que ela lhe disse que o amava
Muito mais do que eu amei
Mas tudo o que eu sei é que ela lhe abandonou
E você jura que você simplesmente não sabe o porquê
Mas você sabe, querido, sempre
E sempre estarei por perto se você me quiser
Venha e chore, chore querido, chore querido, chore querido
Oh amor, bem-vindo de volta ao lar..."

<Janis Joplin> in - Cry Baby 

by: Vera Lyn Poeta



quarta-feira, junho 05, 2013

Certa vez, um gato xadrez!

Não vou fingir que está tudo bem, é que minha poesia possa relaxar o mundo.
Sinto muito, quando desaponto. Sinto, mas não levo a sério.
Muitas pessoas que estão a nossa volta, estarão para reagirem em contexto.
Sabemos, suas idéias frouxas. Então, se alimentarão do que pensam, vê, e agem contrários.

Seja por isso, a fenomenal frase: Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. ” - Antoine-Laurent Lavoisier, quem disse isso.

Na minha cabeça, vejo que é preciso muita humildade, em proposta sabedoria, ao combate.

terça-feira, junho 04, 2013

Varrendo o lixo da leiguice

Fascismo, num país em terceiro mundo, onde EDUCADORES tem que sair as ruas e avenidas, implorando o direito em educar. Realmente, é o fator decisivo em gerador de maus elementos, e procriadores da ignorância em hipocrisias.

Atentar-se em leituras, pelos comentários em postagens que causem comoção pública, sejam positivas ou negativas, é acordar para uma realidade que pode explodir a qualquer instante, contrária a proposta de paz. Pior, reagem em fúria, sobre causas desconhecidas.
Talvez, seja melhor mesmo, que levantem os tapetes.



Vera Lyn Poeta