Vera Lyn Poeta

A arte é Divina, é a salvação. A arte nos poe mais perto de Deus. v.l.p

terça-feira, setembro 24, 2013

Autorretrato, de: Mario Quintana

arte: Vera Lyn

No retrato que me faço
- traço a traço -
Às vezes me pinto nuvem,

Às vezes me pinto árvore....
Às vezes me pinto coisas
De que nem há mais lembrança....
Ou coisas que não existem
Mas que um dia existirão....

E, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
Minha eterna semelhança,
No final que restará?
Um desenho de criança....
Corrigido por um louco.

domingo, setembro 22, 2013


'Tempo disso, tempo daquilo; falta o tempo de nada'

[Carlos Drummond de Andrade]

A vida ensina.
Me sinto bem, por ter tido a humildade em aprender com ela.
Felicidade não é uma parada obrigatória.
Mas sim, estar se sentindo leve, livre e solto por dentro.
Uma sensação serena, de que hoje é apenas mais um dia, e será conquistado com êxito.







O que faria da minha vida, fora de mim, senão em transpor, ousar o inatingível?
Esgotar incessante, em dreno, à doce loucura que se esvai em sangue limpo, ainda quente....É assim.
Trajetória que não procuro respostas, e nem definição. Um ato de amor que me condena a se feliz,
sem saber porque.
Protejo meus comprimidos, e minha alma está salva.


Vera Lyn poeta

sexta-feira, setembro 06, 2013

"A gente vive esperando que as coisas mudem, que as pessoas mudem até que um dia, a gente muda. E percebe que nada mais precisa mudar.”

< Monalisa Macêdo >




Vera Lyn  Poeta

Para sempre, poesia

Já estava a meio caminho andado.
Resolvi então, encarar toda aguaceira; chuvas finas, mais trovões que água, propriamente.
Anda ouvia minha mãe dizendo-me: "Muitos trovões - pouca chuva.". Não fora assim.
Repentina rajada de vento e o guarda chuvas transformara-se num parapente. Crendo eu, ter levantado uns trinta centímetros do chão, senti calafrios.
A reação súbita foi de abandonar o "teto protetor". Estática por segundos relaxei fechando os olhos. Abri os braços lentamente, expus as batidas frenéticas do coração,
e assim, toda chuva veio massagear-me o peito. Foi lavando tudo; dos desajeitados cabelos, aos pés e a alma.
Perdi o medo. Entreguei-me movendo lenta em direção.
Vejo ainda, aquela jovem silhueta brincando em meio aos temporais.
Ela é o próprio temporal que se anuncia. É o próprio tremor, e a devida calmaria.









Minhas mãos enquanto quentes; gélidas apenas ao transpor; aquecendo-se novamente,
deverão continuar descrevendo o amor em seu íntimo.
Lá fora chove esfriando; fazendo-se em sol, o dia esquenta e queima o couro. Por aqui, dentro de mim, vivo a minha temperatura.
Minha vida, é poesia. Dedico-me à poesia.



Vera Lyn Poeta



quarta-feira, setembro 04, 2013

Para sempre, poesia

Já estava a meio caminho andado.
Resolveu encarar toda aguaceira; chuva fina, mais trovões que água, propriamente.
Anda ouvia sua mãe dizer, que muitos trovões - pouca chuva. Não fora assim.
Repentina rajada de vento, e o guarda chuvas transformara-se num Parapente. Crendo, ter levantado uns trinta centímetros do chão, sentiu calafrios.
A reação súbita foi de abandonar o "teto protetor". Estática por segundos, relaxou fechando os olhos. Abriu os braços lentamente, expôs as batidas frenéticas do coração,
e assim, toda chuva veio massagear-lhe o peito. Foi lavando tudo; dos desajeitados cabelos, aos pés e a alma.
Perdera o medo. Entregou-se movendo lenta em direção.
Vejo ainda, aquela jovem silhueta, brincando em meio aos temporais.
Ela, é o próprio temporal que se anuncia. É o próprio tremor, e a devida calmaria.


Vera Lyn Poeta