Vera Lyn Poeta

A arte é Divina, é a salvação. A arte nos poe mais perto de Deus. v.l.p

quarta-feira, outubro 02, 2013

Disciplina espiritual




Não tenho problemas em conviver com o invisível a tantos olhos.
Não tenho problemas em alcançar o inatingível em transpores que submeto meu espírito, legítimos, e ao alcance da minha própria alma. Isso, faz transpirar muito toda a carne; invólu
cro da alma, casa das emoções, o que guardeia.


Saltei às reticências. Todo mistério esteve guardado na necessidade da espiritualização desse ser, dantes, total equivocado.


"Ô sua louca!" Quem dera tudo fosse mesmo, apenas loucura. Loucura física, tem cura!
"Há mais mistérios entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens possa imaginar". Shakespeare, imortalizou esse súbito, e sei que foi em momento transpor.


Acredito sim, na disciplina espiritual, porque ela move montanhas em piscar de olhos, mentalmente dizendo. Não devo vender; negociar meus sentimentos. E assim, meu PAI eterno, teu PAI eterno, segue me dando; nos dando toda cobertura necessária, ao bem viver.


Vera Lyn Poeta

terça-feira, setembro 24, 2013

Autorretrato, de: Mario Quintana

arte: Vera Lyn

No retrato que me faço
- traço a traço -
Às vezes me pinto nuvem,

Às vezes me pinto árvore....
Às vezes me pinto coisas
De que nem há mais lembrança....
Ou coisas que não existem
Mas que um dia existirão....

E, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
Minha eterna semelhança,
No final que restará?
Um desenho de criança....
Corrigido por um louco.

domingo, setembro 22, 2013


'Tempo disso, tempo daquilo; falta o tempo de nada'

[Carlos Drummond de Andrade]

A vida ensina.
Me sinto bem, por ter tido a humildade em aprender com ela.
Felicidade não é uma parada obrigatória.
Mas sim, estar se sentindo leve, livre e solto por dentro.
Uma sensação serena, de que hoje é apenas mais um dia, e será conquistado com êxito.







O que faria da minha vida, fora de mim, senão em transpor, ousar o inatingível?
Esgotar incessante, em dreno, à doce loucura que se esvai em sangue limpo, ainda quente....É assim.
Trajetória que não procuro respostas, e nem definição. Um ato de amor que me condena a se feliz,
sem saber porque.
Protejo meus comprimidos, e minha alma está salva.


Vera Lyn poeta

sexta-feira, setembro 06, 2013

"A gente vive esperando que as coisas mudem, que as pessoas mudem até que um dia, a gente muda. E percebe que nada mais precisa mudar.”

< Monalisa Macêdo >




Vera Lyn  Poeta

Para sempre, poesia

Já estava a meio caminho andado.
Resolvi então, encarar toda aguaceira; chuvas finas, mais trovões que água, propriamente.
Anda ouvia minha mãe dizendo-me: "Muitos trovões - pouca chuva.". Não fora assim.
Repentina rajada de vento e o guarda chuvas transformara-se num parapente. Crendo eu, ter levantado uns trinta centímetros do chão, senti calafrios.
A reação súbita foi de abandonar o "teto protetor". Estática por segundos relaxei fechando os olhos. Abri os braços lentamente, expus as batidas frenéticas do coração,
e assim, toda chuva veio massagear-me o peito. Foi lavando tudo; dos desajeitados cabelos, aos pés e a alma.
Perdi o medo. Entreguei-me movendo lenta em direção.
Vejo ainda, aquela jovem silhueta brincando em meio aos temporais.
Ela é o próprio temporal que se anuncia. É o próprio tremor, e a devida calmaria.









Minhas mãos enquanto quentes; gélidas apenas ao transpor; aquecendo-se novamente,
deverão continuar descrevendo o amor em seu íntimo.
Lá fora chove esfriando; fazendo-se em sol, o dia esquenta e queima o couro. Por aqui, dentro de mim, vivo a minha temperatura.
Minha vida, é poesia. Dedico-me à poesia.



Vera Lyn Poeta