Vera Lyn Poeta

A arte é Divina, é a salvação. A arte nos poe mais perto de Deus. v.l.p

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Oxigenando a mente



Pincéis e painéis.
Um computador, suas teclas e suas ilusões.
A conquista do território e o silêncio.
A música e sua influência.
Água, cafezinhos, cigarros...tudo às mãos.

O cão que avança, ora sim ora não - ao portão.
A gata que come; rói todos os fios salientes da
parafernália eletrônica.
A TV escorrendo sangue e tragédias pelos botões
des-controlados

Não!        Não!        Não!

Irei às ruas agora.
Abordarei pessoas.
Mesmo sabendo que tentarão me desestatizar;
desequilibrar,
colocar-me para baixo,
Jogar-me a piedades e compadecimentos, eu vou.

Não sei o grau que estarão as pessoas nesse exato
momento.
Já em suas comprovadas abstinências em respeito e
educação. Mas estou indo mesmo assim.

Preciso dessa energia para balancear o meu emocional.
Conviver com ele apto e reflexivo......em luz.
Para que possa extrair e exaurir o sentido forte que
tem o amor em sua caminhada.
Sua indestrutível força que nos calam o amor.

Em sua paciência:dia após dia, no encaixe absoluto da
realidade e do sonho.
Assim como Deus nos traduz em seus severos comandos.

Preciso tocar, manter contatos, abrasar-me a esse sentimento
que de desespero em desespero,
Me carregou nos braços,
Me colocou aqui, novamente, sobre a terra.
Como a um pezinho de feijão que brota nos vãos.. 
Assim pude sentir o cheiro da vida nova e persistente.

Estou nas ruas, expondo o amor em sua mais íntima
existência. Isso me faz livre. 

Vera Lyn Poeta

domingo, novembro 28, 2010

Missão cumprida, chefe!




Havia chegado o último degraú da escaldante
escalada!
Bastou um alçar de pernas,
E os pés pisaram o topo: Ápice!
"Cheguei!" -disse a mim mesma.-

Estaria em Águia, pós conversão evolutiva.
Ví, o carnaval de penas velhas, cruzarem as
avenidas,
Voarem em sopros ou por sí mesmas.

Ví, o pó que esvaia pelos poros ao invés de
suores,
Seguidos por gotas de sangue em transfusão:
Transmutação!

Ví, as celas que me oprimiam; muitas algemas
e bolotas de ferro: Mente à revelia - coração
abandonado.

Lembrei da aliança que Deus, fizéra:
O arco iris estava alí, ao meu lado.

Então, cada gota de orvalho que caísse sobrê,
Deveria transformá-las em mar; ocêano,
Até mirar revoadas em passáros soltos,
Voando em bandos,livres!

Tenho feito a descida compartilhada.
Há discernição, entendimentos e compreensão
de fatos. Nenhum choque.
A não ser uma melâncolica  visão constatada.
Desde então,  desafio a desestatização;
desequilibrio que atentam ào Amor,
em causa única, sem medo de balas perdidas!
Esta será a lei e a ordem de minha gravidade:
Pulso, enquanto houver suor e suspiro!

Terra Nova

  


Quebrei,mas quebrei mesmo. 
Todos os dedos que me apontavam em julgamentos
vázios;
Desprovidos de plataformas ou direitos!
Debilitei-os e os transformei em reflexões:
Êxito total!
Comecei então, a viver em liberdades!
Ví, o mêdo somado à calafrios, descerem pelo ralo...

Estabeleci-me na liberdade que vem de dentro;
Leve, gostosa, solta, dona....
Assim, como uma Velha Águia,
Que, mesmo depois de tudo,
Até de sua infertilidade ocasionada,
Tráz aomundo, milhões de filhotinhos; aguietinhas,
              -depois de tanto ter morrido!-
E que precisará abastecê-los de amor.
Calçar-lhes à educação.
Dar-lhes luz e direção.
Protegê-los e fincá-los à coragem e sabedoria,
À humildade e discernição, evocando-lhes sempre,
Deus!
Não, nada imposto!
Só o resguardo para que sigam depois, aos anos,
suas existências.
Em menos dor. Menos armadilhas. Menos fracassos
depressivos.
Menos abandonos vivênciados; vividos.

Cuidarei-os em eminência.
Focalizados sempre, no centro do eixo, da doutrina
do Amor que Acolhe e Cuida!
Sendo assim, voem aguietinhas! -direi-
E quando regressarem e me questionarem sobre as
guerras,
Direi-lhes que joguei botões de rosas vermelhas;
No vermelho chão do limite que explodiu!
Que hasteei, como bandeira, àquela camiseta
branca que tanto amo.
Creio que essa mentalidade poderá atravessar
cercos e pousar na certeza de que o universo
conspira!

sábado, novembro 27, 2010

Não me abrace, por favor!



Pegue a rosa!
Derrube esta rosa sobrê meu colo,
Mas não me abrace por favor!
Não desate,
Nem desabe,
Nem se acabe.
Fique olhando o que é teu.
Eu preciso de você!
Pelo meu silêncio e pela dor.
Não fale nada, nunca!
Só preciso que sinta a solidão que sinto.
Que veja meu olhar perdido
Vagando aos escombros do infinito....

Não! Não chore, nunca!

Eu, preciso de você!
Preciso que aprecie cada personagem que visto.
Isso! O jeito forte que recito e grito.
Gesticulo e sofro,
Choro e rio;
Rio que escorre pelos suores estremecidos...
E o coração, quase não suportando,
Ajoelha, beija a rosa e deita...
deita...
Manso no teu próprio remanso
enfrequecido.

Eu, preciso de você assim,
Um tanto sem mim!




quarta-feira, novembro 24, 2010

Intensidade, sim !





sei, exatamente o que sinto.
quando corro, voo, vou.......










Não acomode nunca, poesia!
Levante! Não pense e grite o que é urgente!
Não me apresente em definhamento;
Extenuada, murcha, decaída!
Resgatemos ao tempo, em tempo,
Todos os anos, sim e não comedidos.
Anos compactados, suados, calejados,
Presos e absolvidos...
Anos descrítiveis e vivídos!

Não me aprisione ao passado de corações
partidos, não!
Nem aos leitos do próprio leito, ou
Ao leito do vento!

Vamos falar o inglês, francês, tupi-guarani;
o português!
Não responderei, nenhuma questão que venha
impugnar nosso processo de vida, não!
Estará em meu lombo amada poesia;
Também, estarei no teu...
Acórdão de paz, absoluto!

Grafar-te-ei pelos escombros da notada solidão.
Mas, assim que ao sol da vida evocar-me
                        -d'algum lugar- 
Irei à ferra-dura!
Sugiro-te aos umbrais, e
Não acomode poesia, nunca!