Vera Lyn Poeta

A arte é Divina, é a salvação. A arte nos poe mais perto de Deus. v.l.p

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Descanso na loucura!













Gosto de estar assim, com você!
Gosto de amanhecer largada a sua volta.
Por tuas mãos - a brincar com teus dedos,
Ida e volta, assim.

Colar tuas mãos nas minhas.
Acomodá-las ao meu peito, instigando-te
a dizer: _É você que eu amo tanto!
Devolvendo-te: _Que seja eterno enquanto dure!
"Hum..." - exprime em desconfiança.

Gostaria de lhe ser sincera.
Dizer que em cada porto,
Encontro o grande amor da minha vida!

Que meu coração, sempre andou sem peias,
pelas estações.
Sabendo que o amor não morre, nunca!

Transponder! Sucede e antecede!

Bodas de brilhante, infinita!
Flor de coral; bálsamo adornando o bailar de
nossas cinturas.

E assim, dura a vida inteira!
Somos caminhantes.
E no cais desse porto,
O verão deverá durar a vida inteira!

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Amantes solitários














O Teu corpo é o templo da minha solidão.
O meu corpo, é o mar cinza por você navega.
Somos felizes e tristes.
Dependentes e livres, um ao outro.
Amamos os confins da poesia,
E já não sabemos se nos amamos tanto!

As vezes nos queremos, noutras, não!
Não! Não! Não!

Por vezes, solidão!

O teu corpo é minha casa em caracol.
O meu corpo, é o mar cinza e turbulento
por onde voce naufraga!

Luzeiro escondido!












Não me arranquem dos sonhos.
Meus olhos estão despertos e o coração em latejo.
Deixem que eu sonhe até sustentáculo da nobre
realidade,
definhe o todo, pouco a pouco, de vez.

Para que tamanho mundo onde devo  guardar-me   a
pesadelos em suas dores que ainda virão?!
Diminuam o mundo.
Fechem as comportas da minha louca realidade.
Destruam os degraus dos sonhos que meus  sentidos
sobem e descem todos os dias.

Sonhos desde a sabida infância. Bem antes do beabá.
Na precisa renascença.
Sonhos de olhinhos fixos e úmidos; corridos a longas
estradas sem fim.

Criança de sonhos que guardou tudo em segredo.
Explodindo em metáforas sem o saber
Vulcão expelindo lavas em fogo de solidão.
Alimentando ao ninar pelos 
bonecas rígidas e mudas, frias e sem vida.

Preciso cuidar do amor e da dor devoradora.
Infindo olhos que não apagam à alma e nem a mente,
Luzeiros.

domingo, janeiro 09, 2011

Despertar!
















Dizia para mim mesma que, mais tarde, debruçaria a
lei da física.
E só então, navegaria mares tão sonhados dantes!
Encontraria lá, moleculas do meu interno; exposto
mundo!

Viveria de flores. Respiraria saudades sãs.
Andaria todos os dias, descalças.
Cabelos à vontade própria - sem o pentear!
Pouca roupa; largas, leves e brancas.
Banhos seculares de rios; cachoeiras cravadas em
bordas, por topos do mundo!
Caudalosos rios de silêncio, desde a infância!
Tocaria a terra como as cordas mágicas d'um violino,
em sinfonias!
Faria então, um poema a abundante fecundação.
Cobriria meu corpo com o espetáculo da noite, em sua
natureza.
Até minh'alma desdobrar-se às mais íntimas paixões;
Inspiradas pela trajetória nessa minha vida!
Até que meu coração gritasse!
Até que todos meus sentidos vibrassem!

Desenharia então, meu rosto para o mundo!
Num delinear esboço traçado por palavras, apenas;
Milhões delas! Todas as palavras do mundo, juntas!

Esse tempo vem chegando.....
Eis que chega o futuro!
Exata hora em que usarei a arte,
Para fundir-me de vez,
À minha doce, única e transponível alma!

Molduras do Tempo!





embrenhando-se pelas
molduras....








Troco as frases, e elas se perdem todo dia.
Troco de música, e também não dizem o que
preciso ouvir.
Mudo a cor dos cabelos. Mudo de roupas.
Sobrê a mesa, o silêncio.
Giro a chave no portão. Lá fora o banco está
vázio,
Na breve espera que alguém o esquente.
Suspiro de olhos fechados, está tudo doendo;
Provavel solidão!

Tetos de vidros se quebram.
Cortam meus dedos e sangram minha emoção!
Fico sem caminhos. Roubam-me de mim.

Os fortes; gladiadores em palvras   insanas e
ações desorientadas - uns aos outros.
Estão se destruindo. Aniquilando os arredores!

Atento; cuidadoso, o amor chora dentro de mim.
Vejo a paz triste. Embrenhando-se pelas molduras,
que meus olhos sonda:
Fotografias de tempos felizes.
Já, envelhecidas.
Pregadas como um Cristo pelas paredes!