Vera Lyn Poeta

A arte é Divina, é a salvação. A arte nos poe mais perto de Deus. v.l.p

domingo, outubro 20, 2013




Não saberia amar, jamais, atrás das trincheiras. 
Ou amo em exaustão ao suplício do sacrifício. Ou não sei o amor.
Seria um penar de alma? Alma em luz e sentimentos..
Minha mente sobre mim, além de mim, borbulha e navega o desconhecível.
Soldados voluptuosos, em guerras por amor (?), estão atrás das trincheiras.
E eu, tenho um vush...vush; certas incorrigíveis ventanias na cabeça! Penar e luz.
Minha sombra não estará em dias nublados, mas eu sei que ela existe.
Dias cinzas, são dias em que sou apenas minha sombra.

quarta-feira, outubro 09, 2013

Silêncio da inocência






O que combina comigo, é o grito.
O grito, o sofrimento e o sacrifício. 
Uma alma inocente, 
mesmo num corpo perdido, ajusta comigo.

Conheço a sede em seca de desertos povoados.
Chão trincados de sol e solidão. 
Pés cansados e não desistidos. Isso sim, combina comigo.

Distante de mim, àquele ultimo suspiro.
Sei voar sim!! ... Fechar os olhos, sair do corpo...
Ríspido vento que me alivia. Sei que vou, mas não sei se fico.
Esse não sei o quê, sim, combina comigo.

Silenciosos surdos gritos.
Alvoreceres loucos de auroras,
ainda bêbada, recito.
Todo perdido, combina comigo.

Vera Lyn Poeta





quarta-feira, outubro 02, 2013

Amar a si mesmo




Aprendi, como uma elefanta decidida a defender seus filhotes, passar por cima da mediocridade. Podem crer, levou alguns anos em reflexões e meditações solitárias, mas o resultado me surpreende todos os dias.
Assim que fiz reconhecimento da palavra não, foram traçados diversos e variados perfis sobre minha personalidade. TIRO DE LETRA. Sei que um NÃO bem dado e vindo de quem só dizia o SIM, mata. Destrambelha toda a eficácia malandra, de pessoas vil, e sem vida própria.
Muita gente honesta, ainda sofrerá o baque: queda, susto, e até desânimo, que palavras mal ditas, atrai ao desequilíbrio emocional. Pois então, vão plantar tomates, alfaces, couves, abóboras, etc., nesse vazio que se estabelece e chama o fracasso pra dentro.

Se conselho fosse bom, não se dava - vendia. Aliás, vender conselhos, está em voga.
Mas acredito que quantos menos cabeça no ócio, mais estradas desobistruidas teremos,
pra cumprir essa única obrigação, que é a de nos mantermos vivos.
Quero, e como quero, toda hipocrisia, BEM distanciada de mim.
Nunca, mas nunca mesmo, aliei-me à hipocrisia. Não seria agora, já caminhando para o fim.


Vera Lyn Poeta

Aparências, e agonias

Janis Joplin 
Aparência....
Pessoas que condenam outras pessoas pela aparência, não deveriam estar nessa terra.
Passo por essa vida, sentindo náuseas, nesses momentos, em que me vejo OBRIGADA (por um só momento e nunca mais), a manter contato com pessoas que vivem de suas aparências. Entendo que a sociedade exige isso. Só não aceito o mau-caratismo que acaba tomando conta da personalidade dessas pessoas.
Toda ação tem uma reação..... E, essa sociedade mal resolvida, tem em costume, matar pessoas do bem. Lançá-las ao precipício, afundá-las ao mal estar, até que cessem suas próprias vidas.
Vejam, isso é imperdoável. E lá na frente, colherão sem dó nem piedade, toda máscara plantada em seus despudores.
A vida, superior e intransferível que é, cobra pesado no final.

Amar, é cedo. Não amar, é tarde

"Eu te amo", saiu assim sem deslumbre e sem pressa.
Ainda, nem o abraço e o beijo. Sem o toque que aproxima e une, ainda...
Foi essa convivência, esse todo dia, esse desejo de saber mais;
queremos mais, estou certa?
Há tempos não me ocorria certa timidez.
Nem questionarei o por quê, de estar desarrumando minha vida outra vez.
Amar, é cedo. Não amar, é tarde.
E eu, quero sim, ao seu lado, ver dois sóis nascer num só dia.
 
 

Outra metade, é bicho




Boas relações, leva de mim bons frutos. Boas relações, trazem para mim, ótimos frutos.
Estou escandalizada, com essa sensação renovada, em que meus olhos estão vendo a vida, agora.
Estou pasma, com essa facilidade em conseguir tudo que acreditei ser impossível um dia.
Ando pasma, ultimamente. Isso, não tem explicação. É uma sensação nova para o meu coração. Deus, tem tudo a ver com isso, eu sei.
Independente do bem material, a simplicidade é o ápice. É a cura emocional, e é o sucesso mental.
Humildade, simplicidade, serenidade, e o dom adquirido em entender tudo, mesmo pós lágrimas compulsivas.....
Bem, vou chamar isso de vitória. Venci demônios criados pela mente em revelia. Uma compensação pelo sofrimento que ficou para trás. Mesmo ciente de que outros virão, mas... encontrará uma fera disposta a brigar!
Vida bonita, que me admite em metade gente, e outra metade bicho!

Vera LynOutra metade, é bicho
— em Presidente Prudente.

Disciplina espiritual




Não tenho problemas em conviver com o invisível a tantos olhos.
Não tenho problemas em alcançar o inatingível em transpores que submeto meu espírito, legítimos, e ao alcance da minha própria alma. Isso, faz transpirar muito toda a carne; invólu
cro da alma, casa das emoções, o que guardeia.


Saltei às reticências. Todo mistério esteve guardado na necessidade da espiritualização desse ser, dantes, total equivocado.


"Ô sua louca!" Quem dera tudo fosse mesmo, apenas loucura. Loucura física, tem cura!
"Há mais mistérios entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens possa imaginar". Shakespeare, imortalizou esse súbito, e sei que foi em momento transpor.


Acredito sim, na disciplina espiritual, porque ela move montanhas em piscar de olhos, mentalmente dizendo. Não devo vender; negociar meus sentimentos. E assim, meu PAI eterno, teu PAI eterno, segue me dando; nos dando toda cobertura necessária, ao bem viver.


Vera Lyn Poeta

terça-feira, setembro 24, 2013

Autorretrato, de: Mario Quintana

arte: Vera Lyn

No retrato que me faço
- traço a traço -
Às vezes me pinto nuvem,

Às vezes me pinto árvore....
Às vezes me pinto coisas
De que nem há mais lembrança....
Ou coisas que não existem
Mas que um dia existirão....

E, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
Minha eterna semelhança,
No final que restará?
Um desenho de criança....
Corrigido por um louco.

domingo, setembro 22, 2013


'Tempo disso, tempo daquilo; falta o tempo de nada'

[Carlos Drummond de Andrade]

A vida ensina.
Me sinto bem, por ter tido a humildade em aprender com ela.
Felicidade não é uma parada obrigatória.
Mas sim, estar se sentindo leve, livre e solto por dentro.
Uma sensação serena, de que hoje é apenas mais um dia, e será conquistado com êxito.