Vera Lyn Poeta

A arte é Divina, é a salvação. A arte nos poe mais perto de Deus. v.l.p

segunda-feira, fevereiro 12, 2018

Vida e Morte

A lua já clareou para mim, duzentos e cinqüenta anos-luas, bem cheias. 
A vida já aqueceu meu corpo, duzentos e cinqüenta anos-sóis.
Minha mente inconsciente, cavouca renasceres á suores caudalosos.
Essa mesma mente, traz o último suspiro e a ressurreição.

Entendo agora, perfeita, que ter vivido intensamente nas profundezas do meu ser,
entre a vida e a morte,
É um coma lúcido. Aquecido vibrante e viril.
Me perco nas palavras em diálogos. Mas entendo muito bem, tudo aquilo que soa nos meus pensamentos.

Vera Lyn Poeta

quinta-feira, fevereiro 08, 2018

Minha doce alma



Ainda acordo com lágrimas escorrendo em minhas faces. 
     Aquela santa presa entre meus dedos, como tabua de salvação .
Eu a deito sobre meu coração. Peço perdão. Peço esquecimento.
Imploro que me ajude a deixar de doer tanto; dor insuportável.
Não esperei esse amor. Mas também, desconhecia a existência desse 
trágico e humilhante final.
Oh, Deus, a vida dos poetas é dilacerante. É solidão perpétua. É
suicidar-se antes do nascer. 

sábado, janeiro 27, 2018

Confiem na vossa intuição,
Dois olhos vendados veem
Muito mais claro do que uma mente cega.

____Vincenzo cannova

Êxtase

__ Os olhos do poeta estão brilhando ao tudo que vê,
Que toca e arrepia, ou apenas sente pulsante, latejante, impaciente. 
Seus olhos estão perplexos de tanta fé e arte.
Estão ciente do adeus eterno. Do eterno renascer.
Estão lúcidos de tantos sonhos. 😍❤️

___ Vera Lyn Poeta

segunda-feira, janeiro 22, 2018

A armadilha

Evitem! Mas não vivam mesmo, uma relação em que a outra parte te faça sentir-se insossa, uma boba da corte! 
Primeiro virão as pétalas. Após, a pessoa fará com que se sinta em segundo plano, e aceite. Assim, começará a pronunciar a maldita frase: "Ah, você tá vendo coisas!". "Nossa, como vc. é ciumenta ?!". Dirá esses infortúnios e muito mais para diminuí-la e tê-la às mãos. Aí, sim, inicia-se a fase: destruição emocional para cima de uma mente, que antes sabia-se inteligente.
Cuidem-se do conto da vigarice. Tipos assim, são restolhos que o demônio descarta na terra, porque nem o inferno aceita.
Esses tipos de monstros se apresentam tão receptivos, aparente submissos, que caímos em suas arapucas. Me pergunto o quê a maldade ganha com isso? Sair por aí colecionando dores em corações alheios e até traumas?!! Eu mesma respondo: Sentem prazer em ter pessoas em suas mãos, é isso. Manipular pessoas. Coleciona-la ao seu bel-prazer. Qualquer revide à pessoas assim é pouco. Elas não tem sentimentos. Caracterizam-se na mesma forma de ser da próxima vítima, se transformando naquilo que a pessoa é. Pior, não sentem dor. Fim.
__ Vera Lyn, em: "A Armadilha"

Gosto de ficar comigo

Há dias ando solitária dentro do meu cósmico mundo. Sensível, introspectiva e intocável à pessoas, posso sentir a liberdade. Eu chamo esse meu tempo de felicidade 🌻🌻😍❤️.

Vera Lyn, em: "Gosto de ficar comigo".

quarta-feira, dezembro 27, 2017

__De minha íris brotam feixes de luz.
Aquela dor já não sangra tanto. 
Minhas faces estão tingidas pelo pó de estrelas. 
Fragmentos do psyche enfeitam fios dos meus cabelos; ora fios caramelos feito doce,
Ora fios em algodão.
ai, ai, aí meu Deus, quanta poesia há nesse meu coração?!!
Dos lábios surge uma canção. Meu corpo é de nuvem, abraça-me doce solidão.
Eu vou subindo e sumindo, 
Subindo e inefável, agora.
__Vera Lyn  -  "Anos Apagados"

Hilda Hilst


Se a tua vida se estender
Mais do que a minha
Lembra-te, meu ódio-amor,
Das cores que vivíamos
Quando o tempo do amor nos envolvia.
Do ouro. Do vermelho das carícias.
Das tintas de um ciúme antigo
Derramado
Sobre o meu corpo suspeito de conquistas.
Do castanho de luz do teu olhar
Sobre o dorso das aves. Daquelas árvores:
Estrias de um verde-cinza que tocávamos.

E folhas da cor das tempestades
contornando o espaço
De dor e afastamento.

Tempo turquesa e prata
Meu ódio-amor, senhor da minha vida.
Lembra-te de nós. Em azul. Na luz da caridade.”

____Hilda Hilst

sexta-feira, novembro 17, 2017

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.

< Manuel Bandeira >