Vera Lyn Poeta

A arte é Divina, é a salvação. A arte nos poe mais perto de Deus. v.l.p

quarta-feira, outubro 03, 2018

terça-feira, outubro 02, 2018

A morte como descanso 🌹🌹

Desde sempre estive caminhando em direção a morte.
No mais absoluto silêncio, meus passos me conduzem a caminho do suspiro último,
dentro da escuridão,
no cinza da mais profunda tristeza; melancolia sem medida, mas com precedentes.

O que mais amei na vida foi o ser humano. Esses, seriam meu porto e ponto de partida.
Certa vez, e por mais um milhão de vezes, a própria vida em seus percalços, discordaria de mim.
Como num filme de terror, meus olhos começaram a vê-los na pele das mais letais serpentes.
Suas formas tornando-se cilíndricas. Olhos inexpressivos, seguidos do esguicho letal do veneno que cega e mata. Recriei-me na urgência. Fortaleci minha alma. Assim, os exclui na minha inabalável FÉ. Sem volta, fui deixando-os do lado de fora da minha vida. 

Décadas se passaram. A poesia, ahhhh  a poesia! É o meu equilíbrio. É meu terceiro olho. É minha alma. É Deus em mim.

O amor, esse sentimento profundo. Me arranca desse chão imundo, donde no mais absoluto silêncio, sigo em direção a morte, desde sempre.
Vera Lyn Poeta

segunda-feira, setembro 24, 2018

Minha alma está ferida

Quando crianças ocupamos o barco dos sonhos, seguindo ao céu infinito na certeza de tocarmos sua lua, suas estrelas navegantes de nuvens. Os anjos? Como sabe-los senão te-los tão perto, ah!
Entre o nascimento, vida e morte, existe o tédio. O vago. Os percalços. As ilusões. Os enganos. A violência. A rejeição. A humilhação da desigualdade. As mentiras em desamor. Existe o horror.

O que há de belo se perde em meio a carnificina desumana.

Um dia já bem cansados, apeamos do barco dos sonhos, e aportamos o barco da profunda tristeza. Retornamos ao oceano dos sonhos, agora, calejados pelas amarguras entristecidos e assustados. Medrados de pavor ao ser humano. Estamos perplexos e insanos de tanto desamor vividos. 
"Em frente a todo vapor!" - Gritamos ao timoneiro invisível, 
rumando aos céus infinito novamente. 
E desta vez, apostando na ideia de que a morte venha de súbito, apagando essa vida de repente.
Minha alma está ferida.

_____ Vera Lyn Poeta

Poeminha

Nos braços da poesia minha vida se inspira.
Nos braços da solidão me vejo acompanhada, a dois, eu diria.
Nos ternos braços da alma (quanta doçura tem a alma!), minha vida acalma.
Nos temerosos braços da melancolia, eu sou poesia.
Vera Lyn Poeta