Resolvo, como por vezes, tomar meu café assistindo o dia despontar, nesse horizonte que minha alma, alcança. Porém, a primeira abordagem humana, é uma visão angustiante na aparição dum quase zumbi. _Bom dia, dona Vera! - dirigi-me o rapaz "Pedrito". Apelido que lhe dei..... Perdido, faz agora, o caminho da mendicância. Não por escolha, mas por ter sido atrevido. Hum....: "vou ter que dividir meu pão.." - penso com meus botões. Sirvo-lhe o café dessa manhã, na calçada mesmo; completo café, fóra da casa que guarda meu descanso. Sim, sondo sua mente de pedra, não há mais confiança. Mais um pelas ruas das pedras; adornadas calçadas das pedras, jardins de pedras. Luzes à seguir, de pedras. Sonhos calcificados, de pedras. Vidas, dedicadas a monumentos de pedras. Penso comigo, enquanto a gente conversa: "Não, não, não!....não sofrerei dessa vez; são tantos!" "Pedrito, agradece, diz um 'até breve', e some falando sózinho. Olho para o meu visual, congelo minha própria imagem, e decido continuar rindo escrachadamente, sentando de pernas abertas, e mandando um baita FÓDA para a hipocrisía. Já não há mais lamentos!