Vera Lyn Poeta

A arte é Divina, é a salvação. A arte nos poe mais perto de Deus. v.l.p

segunda-feira, dezembro 09, 2019

Aninha e suas pedras


Não te deixes destruir…
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.
__ Cora Coralina

Pearl Janis❤❤🎵

😢Ela levava alegria  para as pessoas  mas ninguém sabia o quanto ela estava destruída por dentro pela depressão🎵❤


domingo, dezembro 08, 2019

Janis Joplin

"Ser intelectual cria muitas perguntas, mas não respostas. Você pode encher sua vida de ideias e ainda voltar para casa sozinho. Tudo que você realmente tem que realmente importa são sentimentos."

_____Janis Joplin

08 Dezembro 2018

Assustador instante, em que portas se abrem convidando-me a viver tudo que já vivi.
Portas que estiveram trancadas enquanto eu dançava tango na lua.
Tudo que pode acontecer se arrasta febril por minha memória: "Já estive nessa estrada, ainda posso senti-la." - Questiono por dentro, engolindo a seco e sem nenhuma voz.
Hora de entristecer. Então, tenho espasmos de dores conflituosas.
Num salto me protejo no sólido ninho solitário das palavras.
Milhões de palavras voadoras se atracando à composição; mudanças súbitas ao seus sentidos geram..
Já são algumas horas a mais. A cronologia do tempo explodiu ao excesso.

Vera Lyn Poeta - em "Anos Apagados"

sábado, dezembro 07, 2019

Antes de amar-te, amor, nada era meu

Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas: 
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava. 
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.
_________Pablo Neruda 
- "Cem poemas de amor"