Vera Lyn Poeta

A arte é Divina, é a salvação. A arte nos poe mais perto de Deus. v.l.p

quinta-feira, novembro 05, 2009

Fidelidade

Quando li Cecilia Meirelles, pela primeira vez, pus-me à entender, uma estrofe,
dúm de seus maiores poemas, que diz:
__"Eu canto porque o instante existe,
     E minha vida não esta completa,
     Não sou alegre nem triste,
     Sou poeta!"
E eu que já escrevia versos! Que me encontrava rodeada por sonhos e silêncios!
Era essa minha estação!
Mas o que extrair d'uma criança, sequenciada por um hiperativismo latente, que
naquel tempo, não era esse o nome; isso não era disturbio e resolvia-se na "peia",
lógico, os óbvios momentos de surtos!?
Mas, apenas travessuras de uma menina raquítica e veloz! Ditadora em seus pro
pósitos infantís, que, quando da aparição, alguns "batiam" em fuga!
Os que permaneciam, era porque precisava correr riscos! Adentrar nas mais lou
cas viagens em peraltices, que aos poucos se tornavam aventuras! E a gente ria,
ria.....ria muito!!
Idos; apenas idos!
Então, fui entendendo que poderia rir e chorar;
Que minha vida; minha existência não precisava ser definida em começos, meios e
fins!
E que nada, nem o estalo da tristeza ou a ansiêdade que provoca à espera em alegrias;
iriam me corromper; extrair-me à vida!
Hoje, torna-se claro que a "Mulher de Ferro"; resolvida; apta à exterminar questões de
uma comunidade inteira, era apenas a escudeira e fiel depositária, na  intensa e árdua
luta, prá resguardar e proteger seus sonhos! Somente, seus sonhos!
                 ESSAS SÃO MINHAS MÃOS! Se num dia faz a guerra, noutro, escreve
de amor uma canção!
Alçei-me ao destino. Porque tudo vai ficando pra trás e o novo torna-se velho num
segundo; sem prévia, no descaso.
O que à principio não entendemos e que se resguarda  a que viemos..  porque viemos..
para onde vamos?....Já existe em alívios, nas poucas, mas consistentes resposta!
Outro dia, fui abordada por uma velha amiga, e ela disse:
__Vera, que saudades de nossa infância!! Cara, se não fosse voce, não teríamos tido
infância!
Achei exagero, mas, meu coração se abriu em leque; como as asas d'uma borboleta
colorida, e sorriu!  Essa é minha real responsabilidade com a vida. São esses, os  re
sultados que me engrandece: Simples; humildes, mas com cheiro de terra; com vozes
nítidas e claras da vida; porque há vida!
Hoje me divirto, ouvindo o barulho dos meus próprios passos, pelos comodos da casa,
pelas ruas....
Bem melhor que quando, haviam dois travesseiros ou mais. E enquanto uns dormiam,
outro chorava a solidão vázia.....
Esse outro......meu eu, querendo voar, sumir...
Encontrar-me em lampejos,
nas etnias,
nos braços à solavancos do amor,
nas teias,
pelas paredes do mundo; de olhos em frestas....
tocando e sentindo tudo; e guardando dentro de mim,
prá poder escorrer por minhas mãos,
na incansável tarefa de fazer
esvair o melhor da vida,
do canto que é o amor,
em sua melhor forma,
em sua plenitude!!!

terça-feira, novembro 03, 2009

Teu amor

As vezes, não entendo,
se é alegria ou agônia,
que o teu amor,
me faz sentir; não sei!
Já não sei.....

quinta-feira, outubro 29, 2009

Minhas frases

Hoje, meu legado real sou eu.
Meus filhos se tornaram anjos.
E a raça humana, é o meu ponto
de partida!

        ............................

Sei exatamente o me importa, agora.
Sei, tristemente sei, que tudo tinha que
ser assim!

        ...........................


terça-feira, outubro 27, 2009

Agora sem você!....tinha que ser assim....

Abreviamos o fim. Apaguei tua sombra e teus rastros
que haviam em mim.
Acomodou meus retratos, poemas e lembranças em
tuas gavetas, enfim.
Sacudimos o pó que restou no desgaste de palavras
arredias e partimos com um navio lotado de magoas.
Mais um oceano a atravessar.....em plena primavera;
invés de flores....dores. Nos perdemos em jogo de
culpas.
Esvaziamos abraços, beijos e desejos.
Adormecemos os sonhos num lampejo__Imaturo amor
velho; velho amor que abrigou em mim.
Como num conto de fadas,
Despertou em minh'alma cansada, antigas canções.
Cantou-as em silencio....enviou-me rosas em botão.
Como se o desabrochar, fosse assim, o amor acordar;
amor que preservara no tempo,
não vendo,
que havia envelhecido e morrido,
na cansável espera de mim.
Sou Poeta sim. Sou poeta de idas e vindas.
Sou Poeta de amores e dores.
Sou Poeta em mim.
Tá doendo aqui. Tá doendo tudo em volta de mim.
Mas não alimentarei dores em saudades como noutras
despedidas.
Cresci, estou amadurecida.
Não quero tempo em esperas....olhares perdidos pelo
portão ou janelas....
A sede no desejo aumentando em vazios,
desse seu amor crônico e obsessivo; fraco e arredio...
Passo por você, como passam os pássaros que emigram
em busca de ninhos e flores.
Sinto na brisa do vento, nosso tempo morto pelo
próprio tempo.

Vera Lyn Poeta

domingo, outubro 18, 2009

Mario Quintana....

Eu sempre achei que toda
Confissão não transfigurada
pela arte é indecente
minha vida está nos meus
poemas, meus poemas são eu mesmo,
nunca escrevi uma virgula
que não fosse uma confissão.