"Aspas"

Valeu a pena ter aberto aspas,
Então me vi alí,
bem próxima  a mim,
Já não era um horizonte perdido
Tudo, começava a fazer e ser
sentido......

Aspas, aspas, aspas.......
Porque não pensei antes?


Aspas,
Feche aspas!
O que lê e vê aí?
__Eu vejo a rua da Liberdade

__Isso te basta?

Abre aspas!

_Sim! Sim!  Havia algo que me cercava,
passar não me deixava!
Agora já foi!
Sumiu!
Aos infernos, desapareceu!
Vou me levar assim mesmo,
do jeito que sou,
mas com a leveza
da brisa,
ou que seja,
da boa cama, da otima mesa,
da maravilhosa comida!
Abre aspas;
__E o amor?
Fecha aspas...
__Esse; o amor..já esta aqui,
esta em mim....
sem pressa.....
sem nenhuma pressa.........
"Só sei que ele, o amor, voltou"!

A vida em Muralhas de Vidros!

As vezes, a vida se torna um balanço solitário, indo e vindo..
cavalgando o vento no tempo; sem parar.
Outras,  a raiz forte num contratempo,
em desejos espalhados ao mesmo vento;
Soprando feridas de amor machucado,
Solitário a chorar!
Mas há vida! Ahhhhh, vida!
Vida que se põe e impõe a todo momento,
Não se importando ao  estagiário  emocional

Louca, preciso cantar!
Arrume as coisas esparramadas, ou simplesmente
esparrame tudo de uma vez!
Coloque-se ao centro, e
clame em poemas o ódio ou o amor;
Chore decidica, em compulsão,
desabafe.....harmonize-se; cante! Cante!
A vida é longa, eterna e poderosa.........
e frágil, delicada e breve como o voo do Beija-Flor!
Cada segundo nos importa,
Nos exporta e nos lança obriga sim, a sentí-la;
frágeis ou extensos!
Abraçados; atados a causas que nos conduzam e nos faça
merecê-la!
Mexa-se, dançe!  Dançe assim ó; dançe!
Se ela, a vida, pulsa, a mesma vida exige pulso!
Ocupe as mãos e a mente,
Alimente a alma em sonhos,
o corpo em desejos de beijos; Ame desesperadamente; Dançe!
Sí olharmos para trás, veremos a coragem que somos!
Mesmo que teu mundo, seja a bertura d'uma polegada de dedos;
BRILHE! Brilhe nele, voce pode; mesmo que sorria chorando; se
lançe!
Auto-estima não se adquire em poderes de patacas!
Quanto a esses solavancos que nos abate e nos faz pegar em trancos,
É só parte do processo, dentro de nossa evolução!
É a vida em sua trajetória,
injetada em nossa alma,
Drenando a adrenalina nas veias;
em células vivas;
dentro ou fora,
das Muralhas de Vidros, que se fazem,
apenas portões sem chaves,
em nossas vidas!
Seja forte. Seja terno, mas seja forte!

Desata os nós das edificações carcomidas pelo tempo!
E as tempestades se farão bonanças.
O abandono se fará presenças.
Das fraquezas às descrenças: apenas um salto saudável para o amor!
Ao fogo de desejos persistentes e ao bonito!
Aos suores derramados; o prazer refletido dos olhos à alma em pores-de-sol;
em finais de dias felizes....abençoados!
Dá-nos sempre, senhor Deus, sua paz e desígnios de pais e mães,apaixonados!
Dá-nos vida; enquanto há vida!
Ame-nos a sua semelhança, sempre!
Então, seremos a parte intacta que à criação, o senhor propôs!
Enfim, digo ao Arcanjo, que há luz na escuridão!
Germinar de sementes, fluindo do chão.
Que as dores se fizeram flores, e lhe  envio o refrão:
               
                 "Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida,
                  Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida!"
                                            (toquinho/vinicius)

E o Arcanjo, me põe a andar.......

Um Toque.......

Liberdade Oh Liberdade!
Livre,  aqui dentro;
Livre!
Como as mãos de Deus,
Livre!
Reconstituindo em caquinhos,
o mundo!
Recolorindo em primaveras,
O caminhar...........!
Livre,
Aqui fora,
Livre!
Com as mãos soltas a tocar a fronte,
acariciando a pele,
sentindo os pensamentos;
Livres!
Apalpando os olhos fechado,
Vendo o mundo imenso;
imenso colorido!
Livre!
Mornando os dedos às narinas,
identificando e contornando,
os lábios beijados; vivos.....
Tão vivos à molhar......
Constatação da Mulher e Poeta,
Na alma de menina à sonhar;
no espirito de menino, à correr e pular....
...pelos bosques.........pela vida.......dentro
à campinais!!
Livre! Livre!
Oh liberdade,oh!

Por todas as Primaveras; O Amor!

Anunciei um dezembro de folhas e flores,
íncito à primavera, ao seu pousar.
Afrouxei o cinto de minha natureza rude;
inexorável natureza,
Pús-me à cantar!
Eis meu canto em ti!
Longa espera sem fim!
E os poemas enlouqueceram todos,
trajando à rigor, espalhando velas amarelas em castiçais
sobre a casa,
as mesas,
Ouvindo sons de taças tirintar.....
Celebração digna do amor na primavera!
Posso sentir seus desejos loucos;
Louco de mim,
ateando o  fogo ao meu desejo mormo;
onde o morno habitante,
desocupa meu corpo, por fim.
Envaideço! Orgulho-me ao novo sentimento,
E tudo vem de ti;
Escancarado de ti!
Minha boca procura a tua boca,
nos beijos soltos em brisas,
que a corrente de ar os trás.......
Há abraços e laços em ternuras,
Afagos e palavras doces no balbuciar.
Sí nos perdemos na pressa de nos encontrar,
Sí não sabemos que direção tomar,
Trago-te uma rosa em botão.
Guarde-a próxima ao teu coração.
Deixe que eu exista, mesmo que em contra-mão,
da sua realidade oprimida;
em que seus desejos me ressucita,
Me devolvendo a essência verdadeira,
que é amar e do amor viver,
por toda minha vida!
Vejo formas em voce!Sinto à vida!