Vera Lyn Poeta

A arte é Divina, é a salvação. A arte nos poe mais perto de Deus. v.l.p

terça-feira, dezembro 21, 2010

Soneto do Velho Amor












Quando um velho amor muda de estação.
Ofusca o brilho da paixão.
Cessa o fogo do vulcão.
Quebra um pouco, o encanto da vida.
Põe em risco a ternura, por medo da solidão!

E assim meu velho amor se foi.
Arrastou consigo a festa de beijos deixando
desejos.....
A fragância delirante de nossos corpos colados,
Molhados, nús.....

Deixou-me aflita; coagida.
Em meio a um coquetel de emoções;
Aturdida!

Chorei ao sentir a noite chegar,
Sem suas mãos para me afagar.
Que dor terrível, senti!
Que saudade louca, vivi!

Estou com os pés na estrada.
Sem saber para onde ir;
Sem saber onde estava....
Meu velho amor era você!
Sem você, sou nada!

Vera Lyn Poeta

Mar















Tua companhia me diz tanto!
Quando tua forte onda
Me cola na areia.
Me quebra e semeia!

Ah Mar!
Fortaleza insuperável!
Tão segredo,  tão fugas
Tão imenso....

De repente se deita bêbado.
Me fazendo sentir desejos.
Te possuo em pensamentos.
Me leva pro teu leito,
Te faço um poema meio sem jeito,
Como se fosse a primeira vêz.....

Ah Mar....
De areia transparente!
Você parece minha vida;
Tão rocha, tão decidida,
De repente, uma criança perdida!

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Irreverência















Andar de trem num dia de chuva.
Ter um amor e nenhuma dúvida!
Banhar o corpo numa cachoeira.
Andar nas nuvens, cantarolando
besteiras.
Com as mãos nos bolso,  falando
asneiras.
Sorrir a toa, sem motivo,
Dos olhos, tirar um cisco!
Na árvores, fazer um rabisco!

A comida quente na panela.
Um pato rindo na tigela.
O adeus pela janela.
Andar por ai sem saber onde ir...
Abraçar o sol e depois, na chuva bailar!
A lua cheia beijar!
A tempestade enganar!
O furacão desmontar, e com sua fúria,
Um coração desenhar!



VeraL.poeta.

domingo, dezembro 19, 2010

Tristezas, Nunca mais?





Há de se entender tantas reflexões!
Tudo se acumulou, desprendeu e tornou-se repetitivo!
Um final não cogitado, mas conhecido. Com  começos
alusívos e meios exaustivos!

Seria algo, como entrar numa história, sabendo antemão,
onde vai dar!
Luzes que teremos que acender e apagar, assim que a
porta bater.
Decepções e felicidades, homogenias!
Deixando transparecer um perfil idiota. Perfil de quem co-
meu e não gostou.
Mas, deixando para lá. Tapando mais esse sol com a   pe-
neira!
Seguindo pelos caminhos de pedras. Que, ao desobstrui-
los, estaríamos acumulando barreiras prá um possível
futuro manco e indigesto.
Já que a caça a felicidade é notável; languida. Está estam-
pada e toda e qualquer reação humana.

Então, vamos migrando de lá para cá, daqui para lá. Num
circulo vicioso, em forma de formigas e seus frágeis
formigueiros!
Como se pudéssemos reduzir a nada, o efeito "Tristezas,
Nunca mais!" à pó!
Com um único medo, o de estourar a banca; virar a mesa;
rasgar a página e, desagradar!

Então, você descobre que, o quê te faz vagar em volta de
sí mesmo,
Transportando-te à contínuas regressões. Nada mais é,
do que a conduta lhe berrando: "Você levou prejuízo em
seus vínculos sociais: Amigos, familia, amores,profissio-
nal!"
Arre! Compulsão por seguir exemplos que NÃO sobrevi-
veram ao tempo!

Freio na cara do cavalo; A cenoura pendurada no fio de
nylon; conduzindo em subjetividades, à irracionalidade
em um quarto de visão! E saber que isso, levou o nome
de Amor!?
Nada se perde! Tudo se recompõe! Mas é preciso virar
a mesa, sim! Arcar com suas consequências.Assistindo,
de cara,
Um efeito estrondoso, em que falto à priori, somente à
lógica! De quando tudo, era movido pela emoção.

Fé: Um jeito mágico de olhar para a vida!

Fé: Uma esperança forte de conciliar o amor à realidade,
e o estado de cada coisa; Cada coisa ao seu tempo!

Fé, amor e muito trabalho! Tudo, nos conduzindo em
mansidão. Curando feridas mentais e físicas; Encontro
único numa união mental e emocional,
Devolvendo-nos em sintonias de PAZ no equílibrio.
Dentro d'um tempo que achávamos que o próprio tempo,
haveria de tê-lo engolido!




quinta-feira, dezembro 16, 2010

Esboço



















Não quis a inquirição ambígua e de reflêxo persuasivos sobrê;
envolto ao meu ser. Rejeitei!
E esse desdém agiu solitário. Da inconsciência à plena consciên-
cia sadia da autoestima restabelecida.
Houve renúncias, muitas delas. Abriu-se vázios e ví resquícios de
mêdos.
Mas novamente, a essência resguardada em ferro e fogo, reagiu!

Enquanto o coração chorava desmorecido,   apagando o sol às
lágrimas.
O Cosmo; amado Cosmo ao qual me projetei desde a inconsciên-
cia, levava-me pelas mãos.

Gosto do solo!
Gosto de deitar na cama que eu mesmo, faço!

Gosto de sentir meu corpo reagindo a carências subnutridas;
Opondo-se à possíveis deslumbramentos, que se tornam obsessão.

Gosto de sentir o equilíbrio, em que a mente e o corpo se con-
duzem em total harmonia.

Há um tempo para tudo, nessa vida!
É só a questão de absorver, refletir, entender e não permitir o alheio.
Essa será a hora de você com você, mesmo!

Sigo até o limite e só então encontro à Liberdade!

Dalí, posso compor a canção que preciso ouvir!
Compor o poema que virá filtrar meus sonhos e desejos! Que virá
trazer-me Paz ou Consciência!
Acho que estou me reconstruindo.
Acho que volto a ser útil, sem ter que levar como premio,
A covardia; o estado frágil da autocondenação imposta!


VeraL.poeta.