Nesse ensaio que ainda faço na vida,
primeiros desengonçados passos duma dança,
voz tímida ao canto,
Minhas mãos albergam nas palavras, pela trajetória no tempo!
Aprendo que o corpo é instrumento da dor, senão como causa primeira, é causa imediata!
Aprendi que dores e saudades seguidas por seus afins, limitam a vida.
Procuro então, na percepção desse efeito meu real destino.
Mas o mundo lá fora me cobra em vitórias materiais, que não quis acumular em mim.
Será o real medo de nos ver náufragos, em infelizes abandono e seus seguidos fins?
Pior abandono que a convivência silenciosa projetada no individualismo e nas pragas
do preconceito e do egoísmo, não há!
Porque dizerem que pássaro solitário não faz o verão?!
Malditas frases medradas concebidas em apáticas contra-mão!
Já sai em bando pelas nas revoadas, e tudo que absorvi foi a parte misteriosa da vida
em que predomina a criação, o tempo e suas ações.
Não, não cri!
Neste instante em que afago meu rosto, prendendo-o às mãos, sinto os traços do tempo,
nas vértices da emoção.
São todos os anos vividos em minhas mãos! Sinto amor e nele abrigo a ternura: liberdade!
Liberto, desesperadamente, minha essência: Não a perderei em mim.
Oh Deus! O que é a vida, senão um colossal de encontros e afetos?
Estarei nas quatro estações. Subtraindo do beijo doce da chegada, o partir; ir..
Há um coração apaixonado, dizendo que cresci como a pequenos frascos de perfumes
....envelhecendo como a bons vinhos......
Serei do destino no tempo!
Dos amores e seus efeitos percursos a traduzir.
Do ar que leva o som, do som que me faz surgir.
Surgir como simples mulher ou como Águia em encostas de jardins, que dispensam os fios
de navalhas,