Boca ressequida, roxeada e fria.
A saliva vira gesso; branca pedra...
Mãos trêmulas e o corpo que sacode. ...A gula da angustia subindo às tempôras e alargando
o canal da garganta; o esôfago vai explodir!
A medo acelerando em depressão febril;
A alma esta queimando....
O corpo vai saltar de mim...
O sol de poesia torna-se, por vezes,
inimigo do vampiro;
Nem a cruz, nem a espada, tem a força!
Estou acelerada, mas o frio me prende ao lugar.
Estou voando e os pés estão pregados..
Do sorriso, enterro-me às lágrimas incontidas.
Paraiso de inferno dentro dum céu marcado em
ebulições, desconhecidas....
Vida marcada pela solidão, para que sobreviva
a fidelidade ao amor, à vida...
Ao trajeto confuso; sujeito a tempestades em
plenos sóis ardidos, de verão!