Não posso esquecer a despedida,
Nem o silêncio que se fêz no beijo;
Abraço desesperado eternizando-se em adeus....
Nossos olhos anuviados e chorando
Como a solidão dum mar em noturno;
Fazendo-se ocêanos por nossos ombros
de porto seguro;
De pele em sal,
em cheiro, em delicias de toques; deslizes sem fim,
sem hora, sem querer terminar...largar-se.
Nem soltar as mãos....os pés;
As pernas umas dentro da outra....
Como a solidão d'um mar em noturno;
ocêanos por nossos ombros, chorando, e
chorando baixinho,
no porto que um dia, em sorrisos,
escancarei!