Eu quero ir. Anjos me aguardam. Espalham asas pelo céu. Para cada dor, um último vôo. Até que eu desapareça e reste apenas formas daquilo que fui. Apenas existi na poesia. Eu e meu coração desconhecemos por completo a razão.
Vejo Deus, o onipotente, caminhando compassado e sereno.
Homens pássaros cortam em ondas, os céus.
Anjos adornam, em cura, a estrada de corações feridos. É a valsa da poeta. Dança, poeta, dança.
Feche os olhos, cerre os punhos, e siga livre pelo caminho que você jamais teria que ter desviado,
Valsa suave, doce, e eu não ouço mais a terra.
Vera Lyn Poeta