Por um instante.......

"ainda vai levar um tempo.."







Se meu ferido orgulho abrandasse
ao teu ferido coração,
Atravessaria esse ocêano que há em ti.
_Mas poetas tem orgulho ?
_Oras ! Poetas tem até faringites, bronquites, esquisitices.....

Poetas são seus próprios conflitos !
E, meu coração está rachado,
conturbado.
Anda bêbado de ti !
Todas as palavras duras,
que cuspimos em fúrias,
Delira-me agora em tortura...
A saudade chora, solidão me procura.....
Sou eu a areia que esculpe teus pés ......
Que cola por tuas pernas: Úmidos degráus que escalo,
Entre toques e cheiros: tchakabum dentro do teu 
coração !
Alí, me fixo para sempre;
Para sempre morrer dentro de ti !
Por um instante, o mundo sem ninguém!!!
 

Para que não morra o Amor !

Poesia  marginal às margens da via.
O vento sacode o corpo frio que insiste....
Olhos secos e fixos na realidade que passa
apressada.....
Há esperança de que alguma boca
Coma as palavras de  Amor, ainda quentes!
Que filtre aos olhos da emoção
Para que o Amor não morra !

O que haverá de ser dos corações de pedra,
noutro dia.....?

O que será das paixões,
Sem que possam extrair do amor, à poesia?

O que haverá de ser do amor,
desnudo do próprio Amor

Cavalos de aço e bombas!
Incubadoras de rejuvenescimentos,
sem trajetórias, sem tempos.....
E, algumas cápsulas que dão prazer.......
E outras, que façam dormir!

Poesia marginal;  poeta....
E o coração nas mãos;
esvaindo-se em canções pelos dedos;
Acenando sorrindo e, distribuido beijos !

Ossos do ofício do ócio !

Deixo que o silêncio fale por minha boca sem respostas.

Nula de argumentos que geram tediosos discursos .

Que escorrem para o nada.

Sobem, e em bom som,  enfurece.

Descem em espumosos atritos.

Ócio ! Ossos do ofício do ócio !

Não há perfeição....Mas há coerência.

Se houve o descalabro e "aquela mãozinha" lhe fugiu à

cabeça,

Use a imaginação: Usufrua!

Pratique-a em ações..Invente, tente!

Quebre o encanto desse dedo em haste.

Você é uma pessoa realizada e feliz !

Tem TUDO que quer e precisa, TUDO !

Mas, prefere espanar-se e agredir à sua volta

Algo saiu errado, fugiu ao seu controle, né ?

veralynpoeta

Grande Amor, meu!

A solidão que faz andar...
Ambiente propício que faz ficar...
Você me sorri e eu também: "vamos?"
Nos abrimos ao vapor de desejos.... pressa!
Nos afundamos um a um dentro de nós mesmos....
E como acordes de guitarras,
flutuamos e nos espalhamos para atar-nos em seguida;
escorregar...
Ardendo em chamas,
Queimando em brasas!
Paixão dos infernos que amanhece em perfumes vencidos.
Tocos de cigarros fétidos!
Copos aquecidos e esquecidos pela metade....
Mas, você deverá ir!
Já tenho um grande amor, e tatuado como selo em meu peito.
Não vês a angustia em meus olhos? Estou morrendo por dentro..
Não!  Nada vê porque cega-te em paixão....
Quer guardar-se em sombra por minha vida,
Oh não!  Noites são como labirintos....gatos pardos!!
Vista-se em adeus e vá!

Ah grande amor!  Se um dia a saudade venço,
Noutro, resiste a saudade e melancolia no peito !

Vera Lyn Poeta

João Pestana, O Bobo da Corte !

                   "Olhem, chegou quem faltava...!"
De cara, sente-se que o silêncio, faz-se ruidos e gera movimentos.
As expressões se acendem.....Em nada irão indagar; inserem  e pronto!
Transmutação imediata "naquele que faltava" : João Pestana.
Já haviam lhe incumbido à missão de encantar pessoas.
Fazer pessoas "acumuladas", sorrirem!
Sempre fôra assim. João viêra ao mundo, com sorrisos expontâneos;
Jocosidade absoluta!  Simples em tudo.  Generosidade abrangente.
Ouvidos largos e profundos.....Sempre dando um jeitinho para todos.
Mas João Pestana, havia sido escolhido como o Bobo da Corte  por
alguns, e assim foi indo.....
Sempre se multiplicando e se divindo em dois, dois, dois........
Então, João entra em cena, já soltando um longo, aquecidoi e estrondoso
Pum: PUMMMMMMMMMMM!!!!!
_"Eca ! Credo !"  hua! hua! hua! hua! hua!......
E João Pestana continua em seus performances. Age sem freios. Está agra-
dando à Gregos e Troianos!
Tenta, ao som da música que rola, alguns passos.
Outro passo, agora com o levantar de perninhas em cambalear.
_"Arre-Égua! João Pestana desengonçado!!!!
_"Esse cara é louco ?"      ....hua! hua! hua!.....
E cada gole, um arrouto e outro, e outro....
_"Eca, que nojo"!  ....hua! hua! hua! hua!.....
João Pestana sabe que está aliviando a opressão que a tirania impõe à
outrem.....
Desafogando à repressão que habita......
João Pestana sempre soube o que aconteceria quando
rolava esses tipo de encontros! 

Tinha certeza de se papel e fazia questão de encarar com presteza!
Mas como tudo passa,
João Pestana deixou de atuar como O Bobo da Corte;
Que - Não era realmente, a sua praia;
Talvez um rótulo :   Escolhas alheias; à revelia.
Me confidenciou,  não arrepender-se jamais!
Diz que ainda rí muito com sua cara no espelho.
Com seu jeito meio desengonçado, e quando tudo
lhe vem à mente.
Mas João Pestana não quer mais ser nem o Bobo da Corte ou,
Seus Nobres......
Que, está numa incubadora.
Que, talvez lhe apaguem nessa imagem hilária e um pouco, triste.

Um tanto desgastante e danosa  quando insistem;  persistem...
É, creio que não deseja mais ser hilário...
Deve ter seus motivos, né João Louco .........!?!