vera l.poeta
Sou aquilo que não se prende!
Aquilo que as vezes se retraí, mas não se rende.
Que encara a injustiça com os músculos contraindo
involuntariamente;
Vai lá e arma a maior discussão!
Eu sou o calo sem os sapatos de muitos orgulhos
quebrados (segredos)!
Eu sou alguém que acredita "Que qualquer amor é um
pouco de saúde, um descanso na loucura!
Mas também, que uma família é fundamental e,
é o ponto de partida!
Alguém que vê o preconceito como um armamento
falido da hipocrísia,
Já que o mundo globalizou e, agora pode!
Sou aquela que vê filhos alicerçados bem direcionados
e,
Outros na difícil missão de serem pais de sua própria
genética,
Abandonandos à educação.
Sou aquela que acredita que ao procurar o eixo,
Mesmo sem casa ou o bando;
O barranco estará úmido porque Deus havera de ter
passado ali!
Alguém que crê, justo os tempos de exclusão e abandono
é que nos trarão a chave da liberdade!
Sou aquela que vê a traição como uma faca de dois gumes:
Um acerta o alvo;
O outro degola o próprio traidor!
E que uma noite apenas de bom sono e reflexão,
Basta que acorde o outro dia, vázio de angústias.
Penso no Amor e em sua imutável ação;
Pedi a Deus que me desse direção (àquele dia).
E'le deu! E no caminho estavam as ferramentas que
moveriam, de novo, a minha vida.
Nada poderá nos subtrair ao que somos.
Nem os próprios descaminhos.
O que somos, seremos para sempre!
Penso em Raul Seixas: "Estou sempre pensando em
'aparar o cabelo' de alguém / tentando mudar a direção
do trem".
De poeta a boana, um passo!
As vezes gosto de engolir tubarões!
Preciso ver as pessoas bem mais fortes.
Mais consistentes; sólidas em suas dimensões.
Abraçemos mais esta primavera! Que nos conduza.
O céu irá molhar o chão...
Carlos Drummond de Andrade disse:
"O tempo é minha matéria / O tempo presente / Os homens
presentes / A vida presente."
Feliz primavera.
VeraLynPoeta.