_ Malandro ! -gritei.
_ Mala, malandragem, malandrão ! reforcei.
E os olhos chorando, via no espelho, as marcas do tempo, e suas trilhas
que se canalizam e tornam-se vazão, para tristezas moribundas.
_ Reaja coração ! -bati com força contra o peito.....
Até quando irá me impor...? -berrei.
_ Contabilize por suas aurículas e ventrículos;
Todos os anos que chorei compulsivamente;
Prá te desaguar,
Te consolar,
Te acalmar.....: Até que meu físico perecesse;
Tombasse frágil e desprotegido..........!?
Reaja coração malandro ! É a lei da natureza que não avance à razão......
Porque tanto te naufragas ?
Intercepta minha visão. Toma conta de mim,
Me lança a escuridão....? _Malandro sete-um !
Acresceu amor à mais ao Amor.....
À ternura, melodiou-se...
Ao afeto, desdobrou até curvar-se à pontadas......Tentou sim, finalizar com
os meu cinco sentidos !! Tolo! Tolo, tolice......
É deveras tarde para que culpe à poesia, entende ?
A poesia sobreviverá, os sentido tolos, não !
Muito cedo, percebi-te sonhando; sonhando em meu peito.
Dramatizando cada passo que me conduzia à realidade, e
então: re...gres...so; ré....
Avançou e penetrou-se em dramas alheios. Colheu e trouxe-os,
Fazendo-me avenidas; longas estradas sem fim....
Malandro equivocado !
Foi por qualquer coisa; foi por qualquer um........: Louco !
Chega de melancolias e não culpe a poesia, viu ? -surtei.
Aprenda a evitar refúgos ! Mantenha-se longe de refúgos, entende ?
Foram as ultimas palavras duras, dirigidas ao meu coração.
Selamos o acordo da parceria com a razão.
Então, abri com força as gavetas da escrivaninha,
Arrastei parte de minha vida empoeirada,
e segui com esperança à liberdade.
Sigo livre, doando vida à minha vida nas entrelinhas de poemas,
em canções.......
Te amo muito coração ! Te amo muito, mesmo !!
Mas estarei em pulsar, na direção......
controle, entende ?
