Vera Lyn Poeta

A arte é Divina, é a salvação. A arte nos poe mais perto de Deus. v.l.p

quinta-feira, maio 06, 2010

Vera Lyn Poeta - por ela mesma.


























Largada nesse neste pequeno alpendre, saio de mim.
Viajo céu aberto, a mundos sem fronteiras.
Tenho sensações plenas de paz e emoções.....
Desta vez, aconcheguei-me e coloquei em minha frente:  Vera poeta!
Suspirei fundo, fitei-a por um bom tempo. Fiquei a meditá-la, sem questioná-la, é lógico.
Mas será realidade ou ficção esse tanto de sentimentos?
Então, vejo-a em sua impaciência que vem do longínquo.
Seus gestos, seus sorrisos, sua maneira desleixada de se vestir.
Seu modo de sentar com os braços caídos entre as pernas.
Sua mania de falar alto e rir ao mesmo tempo; risos escrachados!
Seu jeito louco de cumprimentar uma meia dúzia de pessoas ao mesmo tempo. Falar com todas elas,  finalizar e ir!
Sempre esteve indo para algum lugar.
Fazendo alguma coisa, inventando qualquer coisa.
E vi, Vera Poeta na infância eletrizante!
Cabelos longos, olhos semi cerrados, magrela e falante, veloz;
muito veloz mesmo!
Vi-a, quando arrancara os pneus e os freios de sua bicicleta: "porque assim é, melhor."
Vi, Vera poeta transformando o que restara de um carrinho de bebê,
num possante karter......descer ladeira abaixo e a meninada aplaudir aos berros: Uhuuuuuuuuuuu!
E, Vera se sentindo livre; voando sem medidas, inconsciência
voando, voando..

Certa vez, Vera disse: _"Sou dona desse terreno, porque todas essas casinhas; essa cidade, fui eu que construi!"
E Vera tinha mesmo, picotado tijolos velhos e usando barro, construíra uma imensa cidadezinha.
E ali lotava de tanta infância de infância; quanta criança feliz!

E quando a noitinha chegava, com seu céu de estrelas, Vera se reunia
a garotada, por aquela parte sagrada do mundo. Enquanto o amigo Doni, e
seu violão tocava. Ai, sim, a meninada se transformavam seus brinquedos
em instrumentos musicais, inventos.
Então, ouviam-se canções, um estupendo coro em vozes infantis; anjos
livres como Deus!

O clarão do sol havia se guardado ao descanso, mas o clarão da lua
estava ali, sobre aquele grupo que navegava as doces ilusões sagradas
da infância, cujos sonhos só tiveram começos - nunca fim.
Volto, desse transcender,  e Vera poeta está ali, à minha frente, absorta; distante olhando insistente para o infinito.

De repente, a vejo em Águia. Então alça e rompe em turbilhão.....
Creio que ouvira Mercedes Sosa cantando Gracias a La Vita,  ou Janis joplin em seu poderoso blues - Summertime!
Ou seriam, seus dois anjos Indira Ana e Kim, em loop's....loop's...Não sei bem.

Ahhhh,,, Deus! E, esse despencar de amores, sentimentos e flores?!
Deus, e essa totalidade em poesias que escorre por minha alma, fazendo-me
outras vidas de existências despercebidas..

Vai, Vera Poeta, vai!  Você é livre!
Você, agora, é livre, livre, livre;
e, sua alma não deverá morrer, nunca!
                                                        
Vera Lyn Poeta