O poeta vem apagar, ainda em fagulhas,
o fogo!
E o poeta, é o próprio fogo que o conduz em
chamas!
Posto que é chama!
Paixão, Ardor, Amor; doses absurdas de
desejos!
No primeiro ato: A cena da despedida;
chorosa paixão dolorida!
_Oh, estou morrendo de tanto amor! -diz.
_Oh, não irei sobreviver, eu sei! -
Lamenta pelo palco do seu coração,
Que espalha falas solitárias, sopradas pelo
pensamento.
Então, abandona o palco, diz o que lhe vem.
À frase desencanada de Caetano Veloso:
"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é!"
E o poeta sabe que deverá amenizar dores
persistentes.
Desencubar o amor, que as vezes, parece cinza.
Em cada cena, um ato absoluto de amor, apenas!
Secreto e indiscreto; posto, descancarado, não
importa. Amor sem fronteiras nem porteiras!
A simplicidade de cada um, é a arte de saber
conduzir a sí mesmo.
Enquanto isso, a vida vai imitando a arte para não
morrer na contramão!
Vera Lyn Poeta