Segui, pelas ruas de minhas angustias.
Cheguei a pensar que não valeria o penar.
Quantas vezes tombei? Não sei!
Me perdi. Fiquei zonza; acuada num canto escuro;
de solidão ardendo.
Mas existe àquela força sobre humana,
Que age secreta e envolvente.
Forte como o fogo.
Brabas ondas de maré a ressuscitar terras novas;
enxurradas de sentimentos amadurecidos.
Os poemas são minha cura.
Onde em silêncio incorporo infinitos.
Que invadem meus segredos a descreverem -
litorâneos de Deus.
Emergir o corpo expelindo faíscas de vida, levantado pela alma;
Corpo ancorado noutra vida - dentro desta.
Alma em marfim. Alma que transporta. Sigo.
Meus surtos, meus choros de amor e ódio, meus olhos envoltos por marcas de expressão falam por mim.